sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Poema

Trava-línguas ( Hélio Consolaro )

Alguns trava-línguas para facilitar o trabalho de fonoaudiólogos, professores, atores, locutores, enfim, profissionais que precisam de uma boa dicção. E também para aquelas brincadeiras entre amigos e familiares.
O dicionário Houaiss escreve que trava-língua é uma espécie de jogo verbal que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente.

1) Casa suja, chão sujo
2) No meio do trigo tinha três tigres.
3) Três pratos de trigo para três tigres tristes!
4) A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
5) Atrás da porta torta tem uma porca morta.
6) A naja egípcia gigante age e reage hoje, já.
7) A babá boba bebeu o leite do bebê.
8) A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada.
9) Bagre branco, branco bagre.
10) Bote a bota no bote e tire o pote do bote.

Casinha Pequenina


Essa crônica não possui nenhum verbo. Ela é de José Calçada, professor de Birigüi, já falecido. Remetida por sua ex-aluna Judith.


Casinha Pequenina - canção pequena e singela - mas quanta grandeza em tua pequenez e quanto de belo em tua singeleza!
Casinha Pequenina, álbum de tantas recordações, de tantas lembranças ,não de lembranças perdidas ou esquecidas, mas de lembranças vivas ,vivas na mente, na alma e no coração de todos os apreciadores da boa música ,quer a popular, quer a sertaneja, a música do nosso sertão, quantas vezes ,talvez, inspirada na orquestração sinfônica da passarada da mata sob a batuta firme e segura do grande maestro-o sabiá-laranjeira! Casinha Pequenina berço de um grande amor, com o teu coqueiro ao lado ,coitado, já morto pela dor cruenteda saudade! Casinha Pequenina, altar de tantos juramentos, feitos com tanto fervor ,e palco de um beijo apaixonado e prolongado, daquele amor sincero e leal! Casinha Pequenina, pra mim, a sonoridade dos teus acordes e o sentimentalismo da tua letra! Pra ti, a minha saudade infinda!

A língua do pê



A língua permite algumas brincadeiras, aliás, na sua função poética está também o lúdico. Brincar com as palavras é também compor um poema. Leia abaixo:
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém, posteriormente, pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedir pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.
- Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.

Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai.

Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: - Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior.

Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?

- Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.

Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro!

Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.

Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partiram pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente, Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos.

Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando...

Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto, pararei.

E você ainda se acha o máximo quando consegue dizer: "O Rato Roeu a Rica" ou "Roupa do Rei de Roma."?
Hélio Consolaro

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Muito bom!

A forminguinha e a neve.

E aí, gostou da fábula?

Esse ano será 10!


“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.