quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

icas de Interpretação!

Queridos, como combinado eis algumas dicas para orientá-los para a avaliação de amanhã! Bons estudos!
 


Tente resolver com autonomia e depois verifique o gabarito no fim dessa seção!

Exerícios para treinamento:

Interpretação de Texto - Português 9° ano
Química da Digestão

Para viver, entre outras coisas, precisamos de energia. Como não podemos tirar energia da luz do sol para viver, como os vegetais, essa energia usada pelo nosso organismo vem das reações químicas que acontecem nas nossas células.
Podemos nos comparar a uma fábrica que funciona 24 horas por dia. Vivemos fazendo e refazendo os materiais de nossas células. Quando andamos, cantamos, pensamos, trabalhamos ou brincamos, estamos consumindo energia química gerada pelo nosso próprio organismo. E o nosso combustível vem dos alimentos que comemos.
No motor do carro, por exemplo, a gasolina ou o álcool misturam-se com o ar, produzindo uma combustão, que é uma reação química entre o combustível e o oxigênio do ar. Do mesmo modo, nas células do nosso organismo, os alimentos reagem com o oxigênio para produzir energia. No nosso corpo, os organismos são transformados nos seus componentes mais simples, equivalentes à gasolina ou ao álcool, e, portanto, mais fáceis de queimar. O processo se faz através de um grande número de reações químicas que começam a se produzir na boca, seguem no estômago e acabam nos intestinos. As substâncias presentes nesses alimentos são decompostas pelos fermentos digestivos e se transformam em substâncias orgânicas mais simples. Daí esses componentes são transportados pelo sangue até as células. Tudo isso também consome energia.
A energia necessária para todas essas transformações é produzida pela reação química entre esses componentes mais simples, que são o nosso combustível e o oxigênio do ar. Essa é uma verdadeira combustão, mas uma combustão sem chamas, que se faz dentro de pequenas formações que existem nas células, as mitocôndrias, que são nossas verdadeiras usinas de energia.

1 - O texto afirma que o nosso corpo pode ser comparado a uma fábrica porque

a) reage quimicamente pela combustão.
b) move-se a base de gasolina ou álcool.
c) produz energia a partir dos alimentos.
d) utiliza oxigênio como combustível.
e) Funciona 22 horas por dia.

2 - “Tudo isso também consome energia” (3º parágrafo ) No trecho, a expressão em destaque se refere a

a) Fermentos digestivos..
b) combustíveis.
c) reações químicas.
d) usinas de energia.
e) energia.

3 – Depois de processadas pelos fermentos digestivos, as substâncias são levadas para

a) a boca.
b) as células.
c) o estômago.
d) os intestinos.
e) o esôfago.

4 - As mitocôndrias são essenciais para o funcionamento do nosso corpo porque são responsáveis por

a) digerir os alimentos.
b) produzir energia.
c) renovar as células.
d) transportar o oxigênio.
e) limpar nosso sangue.

5 - Este texto pode ser considerado um artigo de divulgação científica porque apresenta:

a) explicação detalhada sobre um acontecimento recente.
b) expressões coloquiais para exemplificar o processo da digestão.
c) linguagem figurada para descrever o processo de combustão.
d) vocabulário técnico para explicar a química da digestão.
e) uma explicação muito complexa.

6 – O texto trata

a) da constituição do aparelho digestivo.
b) da digestão como fonte de energia.
c) dos cuidados para uma boa alimentação.
d) dos elementos que compõem o corpo humano.
e) do processo da degustação.

7 - O verbo da oração:”Os pesquisadores orientarão os alunos.” terá, na voz passiva, a forma:

a) haverão de orientar
b) haviam orientado
c) orientaram-se
d) terão orientado
e) serão orientados

8 - Indique a alternativa cujo termo destacado é agente da passiva.

a) Os cupins resolvem complicados problemas de ventilação.
b) Algumas doenças são causadas pelos insetos.
c) Alguns insetos cortam e mastigam sua comida.
d) Complicados problemas são resolvidos pelos cupins.
e) As formigas trabalham todo o tempo.

9 - Leia a oração: “ Divulgou-se muito, na época, a manifestação dos caras-pintadas”.
Em que voz se encontra o verbo da oração?
a) Passiva sintética
b) Passiva analítica
c) Ativa
d) reflexiva
e) Passiva

10 - Assinale a alternativa CORRETA com relação à concordância verbal.

a) Quais de vocês cometeu o maior pecado?
b) Fui eu que pagou as despesas.
c) Falta três segundos para o término da partida.
d) Mais de cem pessoas foi testemunha do assalto.
e) Ela ficou meio confusa ao ouvir a notícia.

GABARITO:
1 – C / 2 - C / 3 – B / 4 – B / 5 – D / 6 – B / 7 – E / 8 – D / 9 – A / 10 - E

Atividade de Literatura 9º A e D

MEU IDEAL SERIA ESCREVER. – Rubem Braga

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!” E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa (que não sai de casa), enlutada (profundamente triste), doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”

Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada como o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má-vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrasse os dois a alegria perdida de estarem juntos.

Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário ((autoridade policial) do distrito (divisão territorial em que se exerce autoridade administrativa, judicial, fiscal ou policial), depois de ler minha história, mandassem soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!” E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.

E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa (habitante da antiga Pérsia, atual Irã), na Nigéria (país da África), a um australiano, em Dublin (capital da Irlanda), a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou (introduziu-se lentamente em) por acaso até nosso conhecimento; é divina.”

E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história?” – eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história...”

E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

Responda em seu caderno:

Questão 1

Por que o autor deseja escrever uma história engraçada?
 
Questão 2

 Por que ele diz que a moça tem uma casa cinzenta, e não verde, azul ou amarela?
 
Questão 3

 Ao descrever um raio de sol, o autor lhe atribui características que, de certa forma, se opõem às da moça. Cite algumas dessas características opostas.

 Questão 4

 Como você interpretaria a oração “que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria”?

 Questão 5

 O autor sonha em tornar mais felizes e sensíveis apenas as pessoas de seu país? Justifique.

 Questão 6

 Por que o autor não contaria aos outros que havia inventado a história engraçada para alegrar a moça triste e doente? Copie a alternativa correta:

(a) porque, na verdade, a moça triste não existia

(b) por que ele mesmo não achava a história engraçada

(c) por modéstia e humildade

(d) porque não acreditariam que ele fosse capaz de inventar aquela história


Questão 7

Afinal, que história Rubem Braga inventou para alegrar e comover tantas pessoas?

Questão 8

Na sua opinião, o que mais sensibiliza as pessoas: histórias engraçadas ou dramáticas? Justifique.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Olá!

Queridos, passei um tempo longe das atividades do blog, mas estou de volta!
Desejo que esse novo recomeço seja um tempo de grandes conquistas, novas descobertas e cada vez mais curiosidade e paixão pela nossa Língua! Como praxe, conto com vocês!

Para não perder o hábito quero recomendar um blog fascinante. Há bons textos, poemas lindíssimos e ótimas indicações de leitura! O blog em questão tem o título de: Citador e faz jus ao nome que recebeu. Retirei de lá esse poema de Camões e abaixo deixarei o link para visitá-lo.

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
http://www.citador.pt/poemas/mudamse-os-tempos-mudamse-as-vontades-luis-vaz-de-camoes