sábado, 6 de novembro de 2010
Capa da agenda 2011!
E o melhor da vida é: Ter amigos!
Não há preço que pague confiar em alguém!
Só é ruim quando ficam longe e sentimos saudade!
E aliás, esta é uma palavra só nossa: SAUDADE.
Não há tradução dela em canto algum do mundo.
E sabemos que só sentimos saudades daquilo que é bom...
Eu sinto saudade de tudo aquilo que ainda não vivi.
E você sente saudade de quê?
sábado, 2 de outubro de 2010
Nossa Língua - Dúvida Freqüente: Onde
O Prof. Pasquale é uma das maiores referências quando o assunto é "domínio da língua". É incrível como as explicaões dele soam simples. Minha dica: APROVEITE E APRENDA...
Um segredo básico para passar.
Folha - Isso porque você acha legal o que o professor está falando ali na frente? Ou é por respeito ou hábito?
Folha - Nunca deixar para amanhã o que dá para fazer hoje...
Folha - Você desenvolveu algum método de estudo para o vestibular?
Folha - Como assim?
Folha - Mas aí você foi o primeiro do Enem também?
Folha - Tudo o que você faz é assim, sempre com muita consciência, ou é só com os estudos?
Folha - E dá pra ter controle de tudo? Nas relações pessoais, nas amizades...? Vinícius - Dá. A gente tem que ficar atento se a pessoa é uma amiga de verdade ou se também não vale nada, está só te sugando.
Folha - Você lê muito?
Folha - E TV, você assiste?
Folha - Qual é o comentário infantil?
Folha - Como você acha que a maioria dos estudantes de classe média, como os do Objetivo, onde você estudou, encara o ensino, o conhecimento?
Folha - E você acha que isso é consequência da baixa qualidade do ensino básico, que não soube conquistar esses estudantes?
Folha - E com você, como foi?
Folha - E namorada?
Folha - Você curte música?
Folha - Nem música brasileira?
Folha - Você segue alguma religião?
Folha- Tudo o que não é explicado matematicamente você não acredita?
Folha - Já conheceu os veteranos da faculdade?
Como as coisas mudam
E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib,
Que virou silicone
A peruca virou aplique,
interlace,
megahair,
alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM
Confete virou MMA
Crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou musse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou BabalooO
A-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do 'não' não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou Counter Strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita ?
Gal virou fênix
Raul e Renato,Cássia e Cazuza,Lennon e Elvis,
Todos anjosAgora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz......
De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.
(Luiz Fernando Veríssimo)
Jota Quest -- Vem Andar Comigo - Clipe Oficial
Uma música pra acalmar a alma!
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Três Dias Para Ver, de Helen Keller.
Helen Keller, cega e surda desde bebê, dá a sua resposta neste belo ensaio, publicado no Reader's Digest (Seleções)
Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no princípio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silêncio lhe ensinaria as alegrias do som.
De vez em quando testo meus amigos que enxergam para descobrir o que eles vêem. Há pouco tempo perguntei a uma amiga que voltava de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. "Nada de especial", foi à resposta.
Como é possível, pensei, caminhar durante uma hora pelos bosques e não ver nada digno de nota? Eu, que não posso ver, apenas pelo tacto encontro centenas de objetos que me interessam. Sinto a delicada simetria de uma folha. Passo as mãos pela casca lisa de uma bétula ou pelo tronco áspero de um pinheiro.
Na primavera, toco os galhos das árvores na esperança de encontrar um botão, o primeiro sinal da natureza despertando após o sono do inverno. Por vezes, quando tenho muita sorte, pouso suavemente a mão numa arvorezinha e sinto o palpitar feliz de um pássaro cantando.
Às vezes meu coração anseia por ver tudo isso. Se consigo ter tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse enxergar, digamos por apenas três dias.
Eu dividiria esse período em três partes. No primeiro dia gostaria de ver as pessoas cuja bondade e companhias fizeram minha vida valer a pena. Não sei o que é olhar dentro do coração de um amigo pelas "janelas da alma", os olhos. Só consigo "ver" as linhas de um rosto por meio das pontas dos dedos. Posso perceber o riso, a tristeza e muitas outras emoções. Conheço meus amigos pelo que toco em seus rostos.
Como deve ser mais fácil e muito mais satisfatório para você, que pode ver, perceber num instante as qualidades essenciais de outra pessoa ao observar as sutilezas de sua expressão, o tremor de um músculo, a agitação das mãos. Mas será que já lhe ocorreu usar a visão para perscrutar a natureza íntima de um amigo? Será que a maioria de vocês que enxergam não se limita a ver por alto as feições externas de uma fisionomia e se dar por satisfeita?
Por exemplo, você seria capaz de descrever com precisão o rosto de cinco bons amigos? Como experiência, perguntei a alguns maridos qual a exata cor dos olhos de suas mulheres e muitos deles confessaram, encabulados, que não sabiam.
Ah, tudo que eu veria se tivesse o dom da visão por apenas três dias!
O primeiro dia seria muito ocupado. Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles. Também fixaria os olhos no rosto de um bebê, para poder ter a visão da beleza ansiosa e inocente que precede a consciência individual dos conflitos que a vida apresenta. Gostaria de ver os livros que já foram lidos para mim e que me revelaram os meandros mais profundos da vida humana. E gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes de meus cães, o pequeno scottie terrier e o vigoroso dinamarquês.
À tarde daria um longo passeio pela floresta, intoxicando meus olhos com belezas da natureza. E rezaria pela glória de um pôr-do-sol colorido. Creio que nessa noite não conseguiria dormir.
No dia seguinte eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia. Contemplaria assombrado o magnífico panorama de luz com que o Sol desperta a Terra adormecida.
Esse dia eu dedicaria a uma breve visão do mundo, passado e presente. Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus. Ali meus olhos veriam a história condensada da Terra -- os animais e as raças dos homens em seu ambiente natural; gigantescas carcaças de dinossauros e mastodontes que vagavam pelo planeta antes da chegada do homem, que, com sua baixa estatura e seu cérebro poderoso, dominaria o reino animal.
Minha parada seguinte seria o Museu de Artes. Conheço bem, pelas minhas mãos, os deuses e as deusas esculpidos da antiga terra do Nilo. Já senti pelo tacto as cópias dos frisos do Paternon e a beleza rítmica do ataque dos guerreiros atenienses. As feições nodosas e barbadas de Homero me são caras, pois também ele conheceu a cegueira.
Assim, nesse meu segundo dia, tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte. Veria então o que conheci pelo tacto. Mais maravilhoso ainda, todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado. Mas eu poderia ter apenas uma impressão superficial. Dizem os pintores que, para se apreciar a arte, real e profundamente, é preciso educar o olhar. É preciso, pela experiência, avaliar o mérito das linhas, da composição, da forma e da cor. Se eu tivesse a visão, ficaria muito feliz por me entregar a um estudo tão fascinante.
À noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema. Como gostaria de ver a figura fascinante de Hamlet ou o tempestuoso Falstaff no colorido cenário elisabetano! Não posso desfrutar da beleza do movimento rítmico senão numa esfera restrita ao toque de minhas mãos. Só posso imaginar vagamente a graça de uma bailarina, como Pavlova, embora conheça algo do prazer do ritmo, pois muitas vezes sinto o compasso da música vibrando através do piso.
Imagino que o movimento cadenciado seja um dos espetáculos mais agradáveis do mundo. Entendi algo sobre isso, deslizando os dedos pelas linhas de um mármore esculpido; se essa graça estática pode ser tão encantadora, deve ser mesmo muito mais forte a emoção de ver a graça em movimento.
Na manhã seguinte, ávida por conhecer novos deleites, novas revelações de beleza, mais uma vez receberia a aurora. Hoje, o terceiro dia, passarei no mundo do trabalho, nos ambientes dos homens que tratam do negócio da vida. A cidade é o meu destino.
Primeiro, paro numa esquina movimentada, apenas olhando para as pessoas, tentando, por sua aparência, entender algo sobre seu dia-a-dia. Vejo sorrisos e fico feliz. Vejo uma séria determinação e me orgulho. Vejo o sofrimento e me compadeço.
Caminhando pela 5ª Avenida, em Nova York, deixo meu olhar vagar, sem se fixar em nenhum objeto em especial, vendo apenas um caleidoscópio fervilhando de cores. Tenho certeza de que o colorido dos vestidos das mulheres movendo-se na multidão deve ser uma cena espetacular, da qual eu nunca me cansaria. Mas talvez, se pudesse enxergar, eu seria como a maioria das mulheres – interessadas demais na moda para dar atenção ao esplendor das cores em meio à massa.
Da 5ª Avenida dou um giro pela cidade – vou aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam. Viajo pelo mundo visitando os bairros estrangeiros. E meus olhos estão sempre bem abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu possa descobrir como as pessoas vivem e trabalham, e compreendê-las melhor.
Meu terceiro dia de visão está chegando ao fim. Talvez haja muitas atividades a que devesse dedicar as poucas horas restantes, mas acho que na noite desse último dia vou voltar depressa a um teatro e ver uma peça cômica, para poder apreciar as implicações da comédia no espírito humano.
À meia-noite, uma escuridão permanente outra vez se cerraria sobre mim. Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver. Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixei de apreciar.
Talvez este resumo não se adapte ao programa que você faria se soubesse que estava prestes a perder a visão. Mas sei que, se encarasse esse destino, usaria seus olhos como nunca usara antes. Tudo quanto visse lhe pareceria novo. Seus olhos tocariam e abraçariam cada objeto que surgisse em seu campo visual.
Então, finalmente, você veria de verdade, e um novo mundo de beleza se abriria para você.
Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que vêem: usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo se aplica aos outros sentidos.
Ouça a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o tacto. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao máximo todos os sentidos; goze de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de contacto fornecidos pela natureza. Mas, de todos os sentidos,
estou certa de que a visão deve ser o mais delicioso.
Leia...Vai te fazer bem...
Rosana Rizzuti
Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de
vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas...
cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,
Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...
coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não
aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O Pássaro voava como nenhum outro, mas o
obrigaram a cavar buracos como uma topeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
SABE DE UMA COISA?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.
Não podemos exigir ou forçar para que as
outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.
Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.
RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.
(http://www.sotextos.com/a_escola_dos_bichos.htm)
terça-feira, 18 de maio de 2010
Quem você seria no País das Maravilhas?
1) Duas pessoas começam a discutir na sua frente. O que você faz?
Entra na discussão
Ofende as duas ao mesmo tempo e as deixa tão perplexas que elas param de brigar
Fica chateada
Desaparece dali
Faz uma pergunta para fazê-las refletir
2) Você está andando pela rua e um cachorro vem correndo na sua direção. Como você reage?
Xinga o pulguento
Fala com ele (mesmo que mentalmente)
Pensa sobre a atual situação dos animais de rua
Atravessa a rua
Para e brinca um pouquinho com o cachorro
Essas e outras perguntas aguardam você no teste muito interessante sobre sua personalidade....Click no link abaixo e descubra: QUEM VOCÊ É!
http://jovem.ig.com.br/teste/2010/04/27/quem+voce+seria+no+pais+das+maravilhas+9469241.html
terça-feira, 11 de maio de 2010
Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.
O País das Maravilhas desliga linguagem de contexto usual e convida ao estranhamento do mundo. Obra de arte, não trata só do nonsense infantil, pois que carrega ordenação lógica singular.
Carroll finaliza revelando em que se assenta o seu país:
- Ah, eu tive um sonho tão esquisito! ? diz Alice.
O autor faz das aventuras encontros fenomenológicos. Cada episódio guarda níveis de apreensão diversos. A narrativa convoca a capacidade de reordenar as significações. Os encontros de Alice conduzem a pensar a própria linguagem de modo que se torne linguagem primeira redefinindo os próprios limites do mundo.
Infância, jogo e linguagem são os marcos essenciais do mundo poético de Carroll.
Nenhum suficiente em si para que se compreenda o mundo.
Alice não é puro jogo com os significantes.
No quinto capítulo, Conselhos de uma Lagarta, filosofia profunda aparece como ingênuo diálogo infantil.
?Quem é você??.
Está posta a própria existência em questão.
Tantas transformações sofridas e encontros no mínimo inusitados na toca do coelho, longe da família, da escola, das atividades e círculos sociais próximos, a resposta poderá ser errada, porque requer de Alice retomar a própria essência. Tarefa colossal ante as circunstâncias do País das Maravilhas.
O desassossego se instala; Carrol questiona a existência antes da autodefinição.
Dúvida antes do Verbo
A lagarta será borboleta. Espelho da metamorfose.
Escapa a Alice a razão de não poder identificar-se.
- Bom, quem sabe a sua maneira de sentir talvez seja diferente... ensaia Alice ainda na tentativa de explicar-se.
- Você! - exclamou desdenhosamente a Lagarta. ? E quem é você?
- Acho que a senhora deveria me dizer primeiro quem é.
- Por quê?
A nova pergunta desconcerta, confronta sem desvelar-se.
Carrol desarticula o mundo instituído. Retoma respostas socialmente aceitas, esvaziadas de significação e lhes dá outro lugar. Só o olhar primeiro, um novo olhar, se permite maravilhar.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Emocionante!
Como combinado postei uma série de textos sobre Eutanásia. Acrescentei à pesquisa dois vídeos que julguei capazes que contribuir na formação de suas opiniões. Espero que leiam, discutam com seus famíliares e os aguardo "ansioso" para debatermos sobre este tema tão polêmico! Wanderson.
Pós e contras da Eutanásia
Para quem argumenta a favor da eutanásia, acredita que esta seja um caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida, um caminho consciente que reflete uma escolha informada, o término de uma vida em que, quem morre não perde o poder de ser ator e agente digno até ao fim.
São raciocínios que participam na defesa da autonomia absoluta de cada ser individual, na alegação do direito à autodeterminação, direito à escolha pela sua vida e pelo momento da morte. Uma defesa que assume o interesse individual acima do da sociedade que, nas suas leis e códigos, visa proteger a vida. Eutanásia não defende a morte, mas a escolha pela mesma por parte de quem a concebe como melhor opção ou a única.
A escolha pela morte, não poderá ser irrefletida. As componentes biológicos, sociais, culturais, econômicos e psíquicos têm que ser avaliados, contextualizados e pensados, de forma a assegurar a verdadeira autonomia do indivíduo que, alheio de influências exteriores à sua vontade, certifique a impossibilidade de arrependimento.
ARGUMENTOS CONTRA
São muitos os argumentos contra a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos e sociais. Do ponto de vista religioso a Eutanásia é tida como uma usurpação do direito à vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao “Criador”, ou seja, só Ele pode tirar a vida de alguém. “A Igreja, apesar de estar consciente dos motivos que levam a um doente a pedir para morrer, defende acima de tudo o carácter sagrado da vida,...” (Pinto, Susana; Silva, Florido,2004, p.37).
Da perspectiva da ética médica, tendo em conta o juramento de Hipócrates, segundo o qual considera a vida como um dom sagrado, sobre a qual o médico não pode ser juiz da vida ou da morte de alguém, a Eutanásia é considerada homicídio. Cabe assim ao médico, cumprindo o juramento Hipocrático, assistir o paciente, fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessário à sua subsistência. Para além disto, pode-se verificar a existência de muitos casos em que os indivíduos estão desenganados pela Medicina tradicional e depois procurando outras alternativas conseguem se curar.
"Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse (...) nem é lícito sequer quando o doente já não estivesse em condições de sobreviver" (Santo Agostinho in Epístola).
Por: Daniel Moraes.
Fonte de Pesquisa:
http://www.ufrgs.br/bioetica/eutantip.htm
Terri morreu: as dúvidas continuam
Faz parte da cultura ocidental pensar o menos possível na morte. E nada na própria morte. O caso da americana Terri Schiavo obrigou todos que acompanharam sua agonia pelo mundo a pensar naquela que pode ser a mais sombria das decisões: como gerenciar a própria morte. Graças ao avanço da tecnologia e do conhecimento médico, as pessoas se vêem confrontadas com o poder de decidir como querem morrer e em que situações vale a pena ser mantido vivo. Terri passou quinze anos em estado vegetativo, o que significa que ela estava inconsciente e incapaz de realizar qualquer movimento voluntário. Seu córtex cerebral, a área do cérebro em que ocorre a consciência, havia sido destruído pela falta de oxigênio decorrente de parada cardíaca. Esse tipo de dano é irrecuperável. Três semanas atrás, depois de uma longa batalha judicial entre seu marido, Michael, e seus pais, Mary e Robert Schindler, a sonda de alimentação que mantinha Terri viva foi retirada. Ela morreu na quinta-feira passada, de inanição e desidratação, aos 41 anos. Michael sustentava que seria essa a vontade de Terri, se ela estivesse consciente.
A discussão que o drama de Terri despertou pode ser sintetizada em duas perguntas: a vida é sagrada e inviolável sob qualquer circunstância? Ou, ao contrário, só faz sentido manter alguém vivo enquanto houver resquícios daquilo que é a essência do ser humano: seu jeito de ser, suas memórias, suas opiniões, sua relação com o mundo? A resposta para essas questões pressupõe a solução de uma dúvida ainda mais profunda: o que é a vida? No caso de um animal, do mais simples besouro ao soberbo elefante africano, trata-se basicamente de um conjunto de funções vitais e biológicas. Já a vida humana é definida pelas mesmas características fisiológicas somadas a tudo aquilo que faz cada um de nós um ser único, com a capacidade de escolher e de pensar. O tema se adensa porque é necessário decidir qual desses aspectos é prioridade. Em outras palavras, o ser humano tem o direito de decidir qual vida tem valor e qual é descartável?
O debate é profundo, complexo, desafiador. Não tem respostas simples. Não tem solução satisfatória. Nas discussões travadas nos tribunais americanos havia o eco de Aristóteles, que ajudou a moldar o pensamento cristão apesar de ter morrido 300 anos antes de Cristo. O filósofo grego via a existência humana como um fim em si mesma, e por isso não podia jamais ser violada. Do outro lado, sentia-se a influência do pensador René Descartes, do século XVII, cuja frase mais conhecida é "penso, logo existo". Significa definir a vida não por sua existência biológica, mas pela consciência. Por razões práticas, a medicina moderna precisou definir a vida e a morte em termos técnicos. O conceito aceito é que a vida humana está guardada dentro do crânio – mais exatamente no encéfalo, formado por cérebro, cerebelo e tronco cerebral. Uma pessoa é considerada viva enquanto seu tronco cerebral, a parte do encéfalo que controla as funções básicas do corpo, como batida do coração e respiração, está funcionando. Era o caso de Terri. Apesar de o córtex cerebral estar destruído – e com ele qualquer resquício de pensamentos, as memórias e a consciência –, ela respirava sem ajuda de aparelhos.
Aí está uma contradição da medicina moderna. A morte encefálica, que define quando um paciente pode ou não ser declarado morto, existe sempre que há a destruição do tronco cerebral, mas não necessariamente do córtex. Isso equivale a sobrepor a vida biológica à vida pessoal. "Nenhuma das qualidades intrínsecas ao ser humano reside no tronco cerebral, da mesma maneira que não está nos rins nem na coluna espinhal. Então por que a morte de um ser humano é definida pelo estado de seu tronco cerebral?", questiona o biólogo americano William R. Clark no livro Sex and the Origins of Death (O Sexo e as Origens da Morte). A explicação para isso está nos avanços médicos das últimas décadas. Até 1950, considerava-se que alguém morria quando parava de respirar ou quando o coração não batia mais, o que, de qualquer forma, seria verdade em questão de minutos. Com a invenção do desfibrilador, equipamento que permite reanimar um paciente com parada cardíaca, e dos aparelhos de respiração assistida, a definição de fim da vida teve de ser mudada.
O conceito de morte encefálica permite que o atestado de óbito seja assinado quando o coração ainda está batendo, o que é fundamental para conseguir órgãos para transplantes. Em países com boa estrutura de saúde, as pessoas podem prever com grande probabilidade de acerto que morrerão em um hospital, cercadas de fios e tubos. A parafernália tecnológica, ao mesmo tempo que ajuda a curar doenças, também é capaz de prolongar o processo de morte, transformando os pacientes em virtuais prisioneiros da vida. No início do século passado, entre o momento do diagnóstico de uma doença fatal e a morte propriamente dita, passavam-se em média cinco dias. Hoje, esse tempo passou a ser de cinco anos. A verdade é que os médicos também se tornaram reféns da possibilidade de prolongar a vida até onde isso for possível. O fenômeno é chamado de "obsessão terapêutica" e pode ser visto como uma tentativa de "curar" a morte, como se ela fosse uma doença e não uma parte natural e inevitável da vida.
Na tentativa heróica de salvar um paciente, o médico pode se ver tentado a aplicar tratamentos desproporcionais, que não vão reverter o quadro de saúde do doente, mas apenas tornar mais lento o processo que o levará à morte, e muitas vezes causa grande sofrimento físico e psicológico. É nesse ponto que uma pessoa se vê obrigada a decidir sobre a própria morte – ou, se estiver inconsciente, seus parentes e médicos terão de escolher por ela. Trata-se de uma das decisões mais difíceis da profissão médica – e de um pesadelo para a família do doente. A maneira mais comum de evitar mais sofrimento é optar por não reanimar nem colocar um respirador artificial em um doente em estado terminal, caso ocorra uma parada cardiorrespiratória. Não se trata de praticar eutanásia, mas de deixar que a natureza siga seu curso, depois que todas as possibilidades de cura foram esgotadas. "Ninguém é obrigado a aceitar um tratamento que não lhe traz benefícios", diz a médica e jurista baiana Maria Elisa Villas-Bôas, autora do livro Da Eutanásia ao Prolongamento Artificial. "No caso de um paciente que perdeu a consciência, no entanto, a decisão deve ser sempre baseada no que seria melhor para ele, e nunca no ônus social e econômico que representa prolongar sua vida, por estar ocupando um leito de UTI", diz Villas-Bôas.
Eutanásia
De acordo com o dicionário Houaiss, eutanásia é o “ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por afecção incurável que produz dores intoleráveis”. Daí, já se pode diferenciar a prática da distanásia, expressão relativa a uma morte lenta e sofrida, e da ortotanásia, vocábulo que representa a morte natural. A eutanásia suscita polêmica pelas mesmas razões que fazem do aborto um motor de calorosos debates: porque perpassa a bioética, e também a moral de cada um. Não há consenso a respeito da validade da prática nem mesmo entre os médicos, porque não há acordo a respeito do que sentem e pensam doentes em coma ou em estado vegetativo. Exemplo dessa dissintonia de opiniões é o caso Terri Schiavo, a americana morta por eutanásia em 2005 a pedido do marido. Ele se apoiava num diagnóstico médico segundo o qual Terri, que em 1990 sofrera uma parada cardíaca e ficara sem oxigenação no cérebro, já não possuía consciência. Os pais da paciente, no entanto, dispunham de outros laudos, que afirmavam que Terri tinha uma consciência mínima, e se opunham à sua morte. A Justiça dos Estados Unidos acabou dando ganho de causa ao marido. Os aparelhos foram desligados e ela morreu.
2. Como é realizado o procedimento que recebe o nome de eutanásia?
Existem pelo menos quatro tipos de eutanásia, divididos em duas categorias: a voluntária e a involuntária, e a passiva e a ativa. Na eutanásia ativa, também chamada de positiva ou direta, o paciente recebe uma injeção ou uma dose letal de medicamentos. Conhecida ainda como negativa ou indireta, a eutanásia passiva foi a que matou Eluana Englaro, cuja alimentação foi suspensa. Aqui, o que conta é a omissão: o paciente deixa de receber algo de que precisa para sobreviver. A diferença entre eutanásia voluntária e involuntária está na participação do paciente. Numa, ele coopera, tomando parte da decisão. Na outra, a ação é praticada sem o seu aval ou mesmo sem o seu conhecimento. Uma outra classificação, que cruza fins e voluntariedade, divide a eutanásia em libertadora (aquela que abrevia a dor de um doente incurável), piedosa (aplicada a pacientes terminais e em estado inconsciente) e eugênica (do tipo que os nazistas praticavam para eliminar indivíduos apsíquicos e associais).
3. A eutanásia é considerada uma prática legal no Brasil?
Não. As leis brasileiras sequer preveem a prática. A eutanásia não possui nenhuma menção nem no Código Penal Brasileiro, que data de 1940, nem na Constituição Federal. Por isso, legalmente falando, o Brasil não tem nenhum caso de eutanásia - quando algo semelhante acontece, recebe o nome de homicídio ou suicídio. Mas, de acordo com a interpretação que advogados e juízes venham a desenvolver, os artigos 121 e 121 do Código Penal podem ser empregados para fundamentar posições em relação à prática. O artigo 121 trata do homicídio qualificado, conceito que inclui a morte provocada por motivo fútil, com emprego de meios de tortura ou com recurso que “dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”. Em todos esses casos, a pena vai de 12 a 30 anos de reclusão. O artigo 122 versa sobre o suicídio induzido, instigado ou auxiliado por terceiros.
4. Eutanásia pode ser também chamada de suicídio assistido?
Embora as leis brasileiras não prevejam a eutanásia, ela pode ser definida como uma prática distinta do suicídio assistido, que é quando um paciente pede ele mesmo - e sempre de maneira consciente - ajuda para se matar. É este o caso abordado no filme Mar Adentro, de Alejandro Amenábar, em que o personagem vivido pelo ator Javier Bardem luta para obter o direito ao suicídio. O artigo do Código Penal Brasileiro que dispõe sobre o suicídio assistido, o de número 122, descreve-o como a prática de “induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça” e prevê de um a seis anos de reclusão, de acordo com os resultados (se lesão ou se morte) da ação. O artigo também prevê a duplicação da pena se o crime tiver motivo egoístico ou se a vítima for menor de idade ou com baixa capacidade de resistência.
5. Qual é a posição da Igreja Católica brasileira a respeito?
A Igreja é contra a eutanásia. A campanha da fraternidade lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2008, “Escolhe, pois a vida”, se dirigia contra a eutanásia, bem como contra o aborto e a pesquisa científica com embriões humanos. Ao tomar parte do debate levantado pelo caso Eluana Englaro, o papa Bento XVI afirmou que a eutanásia seria uma “solução falsa para o sofrimento”.
6. Há instituições que defendam a eutanásia no Brasil?
Sim. Uma delas é oriunda da própria Igreja Católica. É a organização não-governamental (ONG) Católicas pelo Direito de Decidir (CDD), formada por militantes feministas cristãs, dissidentes das encíclicas e de outros documentos elaborados pela cúpula da igreja e ligada à Teologia da Libertação. Em 2008, ano em que a campanha da fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) mirou a eutanásia e o aborto, a CDD elaborou um manifesto, questionando: “É possível afirmar a defesa da vida e condenar as pessoas a sofrer indefinidamente num leito de morte, condenando o acesso livre e consentido a uma morte digna, pelo recurso à eutanásia?”.
7. No âmbito político, já se tomou alguma medida para regulamentar a prática?
O Brasil chegou a ter uma iniciativa parlamentar a favor da eutanásia. Foi o projeto de lei 125/96, de autoria do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), que pretendia liberar a prática em algumas situações. Submetida à avaliação das comissões parlamentares em 1996, a proposta não prosperou e acabou sendo arquivada três anos depois. Já o deputado Osmâmio Pereira (PTB-MG) propôs em 2005 uma lei que proibisse claramente e prática no país, definindo-a, assim como ao aborto, como crime hediondo. O seu projeto de lei, de número 5058, também se encontra arquivado.
8. Há países onde a eutanásia é permitida por lei?
Sim. Na Europa, continente que mais avançou na discussão, a eutanásia é hoje considerada prática legal na Holanda e na Bélgica. Em Luxemburgo, está em vias de legalização. Holanda e Bélgica agiram em cadeia: a primeira legalizou a eutanásia em abril de 2002 e a segunda, em setembro do mesmo ano. Na Suécia, é autorizada a assistência médica ao suicídio. Na Suíça, país que tolera a eutanásia, um médico pode administrar uma dose letal de um medicamento a um doente terminal que queira morrer, mas é o próprio paciente quem deve tomá-la. Já na Alemanha e na Áustria, a eutanásia passiva (o ato de desligar os aparelhos que mantêm alguém vivo, por exemplo) não é ilegal, contanto que tenha o consentimento do paciente. A Europa é o continente mais posicionado em relação à eutanásia, mas é provável que o Uruguai tenha sido o primeiro país a legislar sobre o assunto. O Código Penal uruguaio, que remete à década de 1930, livra de penalização todo aquele que praticar “homicídio piedoso”, desde que conte com “antecedentes honráveis” e que pratique a ação por piedade e mediante “reiteradas súplicas” da vítima.
9. Quais argumentos são usados contra e a favor da eutanásia?
Não é à toa que a eutanásia é uma prática polêmica, capaz de dividir opiniões: ela reúne muitos prós e contras. Na opinião de seus defensores, o procedimento é uma saída honrosa para os que se veem diante de uma longa e dolorosa agonia. É essa a posição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. “Não pode haver dignidade com uma vida vegetativa”, disse ele a VEJA. Reduzir esse sofrimento seria então um ato de solidariedade e compaixão. Os casos em que o paciente pudesse decidir por sua morte seriam ainda concretizações do princípio da autodeterminação da pessoa. Questões de saúde pública também podem entrar na discussão: pode-se falar do custo de manter vivo um paciente sem chance de voltar à plena consciência. Para os que se opõem à eutanásia, isso não é desculpa: o estado tem o dever de preservar a vida humana a todo custo, assim como o médico, de cuja ética não pode abrir mão.
10. A eutanásia é uma prática característica do mundo moderno?
Não, a eutanásia é uma prática que acompanha a humanidade há milhares de anos. Não é possível saber a data exata em que surgiu. Em artigo publicado no site da sede da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, presidente da seção paulista da entidade, afirma que a eutanásia era muito praticada na antiguidade, por povos considerados primitivos. Vale lembrar que a palavra tem origem grega. É o resultado do casamento de “eu”, que significa bem, e “thanatos”, que é morte, representando a boa morte ou morte sem sofrimento.
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/eutanasia/morte-pacientes-etica-religiao-ortotanasia.shtml
domingo, 11 de abril de 2010
Mais uma canção linda!
O nome da música é: Num labirinto. Quem canta é Jay Vaquer. O eu-lírico diz estar perdido e por isso, se jogou num labirinto. Ele ainda declara que deixou de lado o que sente e de tão cego ficou impossível de ir além do raso. A licença poética deu liberdade pra tropeçar na colocação pronominal, mas o erro nesse caso foi totalmente proposital; já que ele está num labirinto. E você já ficou perdido por alguma coisa?
quinta-feira, 8 de abril de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
O significado da Páscoa...
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
Nossos amigos de Kidlink nos contaram como se escreve "Feliz Páscoa" em diferentes idiomas. Assim:
Pra quem você quer desejar que a Páscoa deste ano traga muitas felicidades?
Palavras denotativas
São palavras denotativas porque expressam idéias, como de exclusão, inclusão, situação, designação, retificação, e outras. Portanto, são classificadas em função da idéia que expressam. Assim, entre outras, temos as que designam idéia de:
Adição - ainda, além disso, ademais, etc.:
• Comeu tudo e ainda queria mais.
Afetividade - ainda bem, felizmente, infelizmente, etc.
• Ainda bem que passei de ano.
• Todos, exceto eu, foram à festa.
Explicação - isto é, por exemplo, a saber, etc.
• Li vários livros, a saber, os clássicos.
Inclusão - até, ainda, além disso, mesmo, também, inclusive etc.
• Nosso colega é bom em tudo, até em arqueologia.
Realce - cá, lá, mas, ainda, é que, só, é porque etc.
• E você lá sabe essa questão? / Ele é que roubou?
Retificação - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
• Éramos dez, ou melhor, nove homens feitos e um menino.
terça-feira, 23 de março de 2010
Miniconto
O guatemalteco Augusto Monterroso é apontado como autor do mais famoso miniconto, escrito com apenas trinta e sete letras:
Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.
Assim como o estadunidense Ernest Hemingway é autor de outro famoso miniconto. Com apenas vinte e seis letras, mas por trás das quais há toda uma história de tragédia familiar:
Vende-se: sapatos de bebê, sem uso.
O número de letras é importante mas não rígido, normalmente sendo atribuído pelos autores ou organizadores de determinada antologia, e naturalmente divulgados na mesma. Marcelino Freire publicou em 2004 a obra Os cem menores contos do século, em que desafiou cem escritores a produzir contos com no máximo 50 letras, por exemplo.
Essa música é linda...
Espero que gostem, que apreciem e que desfrutem de toda a poesia que essa canção faz ao amor!
sexta-feira, 5 de março de 2010
Nova Era: Informação é riqueza
Para obter sucesso duradouro, coloque o foco em elevar sua consciência.
Um Conto curto: Papel Amassado
- Amasse essa folha!
Obedeci e fiz com ela uma bolinha.
- Agora - ele voltou a dizer - deixe-a como estava antes.
Claro que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel ficava cheio de dobras. O professor disse:
- O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que deixamos neles é tão difícil de apagar como esses amassados.
Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de estourar, lembro deste papel amassado.
A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.
Homenagem às mulheres!
Uma singela homenagem de coração e alma para as mulheres nesta data especial.
Instante, Beto Canales
Uma visita inesperada
quinta-feira, 4 de março de 2010
terça-feira, 2 de março de 2010
Conto muito interessante!
Sensacional!
Impressionante!
Fantástico!
Admirável!
(Já perceberam que eu gostei, né!? )
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Goiás faz campanha contra tráfico humano
A maioria das vítimas deste crime segue para o trabalho escravo, adoção ilegal e exploração sexual e Goiás é o estado brasileiro com maior índice de exportação de mulheres para a prostituição. Segundo estudo realizado na Espanha, de cada 4.500 prostitutas no país, 3.000 mil são goianas.
O que é literatura?
Há outra deturpação. A pessoa resolve escrever para ficar famosa, e acha que a literatura é o caminho. Na verdade, a pessoa escreve (ou pinta, ou esculpe, ou...) porque sente necessidade de extravasar, quer se doar ao outro.
A literatura, antes de ser estudo, foi vida, criação de uma pessoa, é a simulação da vida. Toda pessoa devia ter uma arte preferida para se expressar ou fruir, como se fosse um hobby, porque nela expressa a sua alma.
Algumas pessoas escolhem a música, outras a pintura, o cinema. E há quem goste de escrever, fazer contos ou poema, novelas ou romances, sem objetivo prático, apenas para ter prazer, com toda gratuidade possível num sistema de mercado. Esses fazem literatura.
Que ela seja objeto de estudo nas universidades e nas escolas é uma conseqüência inevitável, mas não deve ser o objetivo primeiro de quem a faz.
Completa-se aqui com a definição com Afrânio Coutinho:
“A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social.
O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões das verdades factuais. Os fatos que manipula não têm comparação com os da realidade concreta. São as verdades humanas, gerais, que traduzem antes um sentimento de experiência, uma compreensão e um julgamento das coisas humanas, um sentido da vida, e que fornecem um retrato vivo e insinuante da vida, o qual sugere antes que esgota o quadro.
A Literatura é, assim, a vida, parte da vida, não se admitindo possa haver conflito entre uma e outra. Através das obras literárias, tomamos contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a todos os homens e lugares, porque são as verdades da mesma condição humana.”
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Dicas de crase!
É fácil ver que Domicílio, enquanto substantivo masculino, não pode ter um artigo feminino a, e portanto não leva acento grave. Quero aqui ressaltar um outro erro: o verbo entregar significa levar alguma coisa a alguém em algum lugar. Nesse contexto, domicílio não é o objeto indireto (a alguém) e sim o adjunto adverbial de lugar. Portando não entregamos a Domicílio, e sim no domicílio.
Vendas à prazo com planos especiais.
É fácil ver que prazo, enquanto substantivo masculino, não pode ter um artigo feminino a, e portanto não leva acento grave. Para formação de crase com um substantivo masculino, só com o uso do pronome aquele, mas no caso de artigo, como pede o artigo o, ficaria vendas ao prazo.
Prestações à perder de vista.
Trajes à rigor.
Preços à vista com 10% de desconto.
Ótima localização, à 10 minutos do metrô.
Lindos bordados feitos à mão.
Temos aqui um substantivo feminino e, portanto, vamos tentar substituí-lo por um masculino. Podemos traçar uma equivalência de feito a mão com ir a pé. Como não falamos ir ao pé, não diremos feito à mão.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Horário de Verão termina no próximo sábado
A atual edição do Horário de Verão foi iniciada no dia 18 de outubro do ano passado e coincidiu com alguns recordes no consumo de energia, verificados principalmente neste mês, devido às altas temperaturas que elevaram às alturas o uso de ar-condicionado em escritórios e residências.
O secretário-adjunto de Energia do Ministério de Minas e Energia, Ildo Wilson Grudtner, admite que esses picos de consumo causados pelo calor devem reduzir ligeiramente a previsão inicial do Ministério de Minas e Energia de que o Horário de Verão 2009/2010 geraria uma economia total de 0,5% no consumo de energia no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
- Deve ficar próximo de 0,5%, que é o valor histórico. Um pouco acima ou abaixo, provavelmente um pouco abaixo.
De qualquer modo, Grudtner disse que o governo ainda não tem dados consolidados sobre os efeitos do Horário de Verão no consumo e só deverá tê-los em março. Mas, segundo o técnico, os recordes de consumo atingidos neste mês não afetaram o objetivo central do Horário de Verão, que é a redução do consumo no horário de pico padrão, entre as 18h e as 21h.
Como durante o Horário de Verão os relógios são adiantados em uma hora, a luminosidade natural - que nesta época do ano é maior - é aproveitada por mais tempo, evitando-se sobrecargas nos sistemas. Basicamente, o que ocorre é que a iluminação pública demora mais a ser acionada e não coincide com o aumento geral do consumo causado pelo uso dos chuveiros pelas pessoas que chegam em casa do trabalho. E, segundo Grudtner, esse alívio da carga no fim do dia não mudou, uma vez que os recordes de consumo registrados nas últimas semanas se deram durante o dia, pelo uso de ar-condicionado em casas e escritórios.
Assim, o Ministério de Minas e Energia manteve sua previsão de que a redução do consumo de energia no horário de pico, durante a vigência do Horário de Verão, ficou em 4,4% no Sudeste e no Centro-Oeste - ou 1.780 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de cinco milhões de habitantes - e em 4,5% no Sul (ou 490 MW, equivalente ao consumo de 1,5 milhão de pessoas).
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Desafio!
Super Dica!
Está ao nosso alcance, no entanto, melhorar o português.
Vamos então fazer passeatas monstro.
A palavra "monstro", usada como adjetivo, não varia. Portanto:
comícios monstro
pesquisas monstro
fantasias mostro
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Nossos dias estão contados!
Escreva uma frase que possa alertar o mundo para a conscientização e preservação do nosso planeta!
Só depende de você salvar o planeta!
DÊ UMA CHANCE À VIDA!
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Gari consegue devolver cheques encontrados em rua para dono
Elizabeth dos Santos Oliveira encontrou um envelope com 13 cheques no valor de R$ 21 mil em rua do Bom Retiro, em São Paulo. Após uma semana na busca do dono, a gari conseguiu devolver o dinheiro ao motoboy de uma empresa.
Eih, aqui entre nós: O que você faria nesta situação?
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
MAU ou MAL
“Ele é um mau profissional.” (x bom profissional);
“Ele está de mau humor.” (x bom humor);
“Ele é um mau-caráter.” (x bom caráter);
“Tem medo do lobo mau.” (x lobo bom);
b) MAL pode ser:
1. advérbio (=opõe-se a BEM):
“Ele está trabalhando mal.” (x trabalhando bem);
“Ele foi mal treinado.” (x bem treinado);
“Ele está sempre mal-humorado.” (x bem-humorado);
“A criança se comportou muito mal.” (x se comportou muito bem);
2. conjunção (=logo que, assim que, quando):
“Mal você chegou, todos se levantaram.” (=Assim que você chegou);
“Mal saiu de casa, foi assaltado.” (=Logo que saiu de casa);
3. substantivo (=doença, defeito, problema):
“Ele está com um mal incurável.” (=doença);
“O seu mal é não ouvir os mais velhos.” (=defeito).
Na dúvida, use o velho “macete”:
MAL x BEM;
MAU x BOM.
Estado promete mais verbas para buscas por jovens desaparecidos na Luziânia, no DF
Seis rapazes estão desaparecidos há quase um mês. Será formada uma equipe para investigar cada caso.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
A Lavínia dos Santos, do 7º B, pediu um pouco de "ilusão de ótica" e resolvi atender o pedido dela!