sábado, 6 de novembro de 2010

Capa da agenda 2011!


E o melhor da vida é: Ter amigos!
Não há preço que pague confiar em alguém!
Só é ruim quando ficam longe e sentimos saudade!
E aliás, esta é uma palavra só nossa: SAUDADE.
Não há tradução dela em canto algum do mundo.
E sabemos que só sentimos saudades daquilo que é bom...
Eu sinto saudade de tudo aquilo que ainda não vivi.
E você sente saudade de quê?

sábado, 2 de outubro de 2010

Quando usar hífen?

Se liga e aprenda um pouco mais...


Nossa Língua - Dúvida Freqüente: Onde

O Prof. Pasquale é uma das maiores referências quando o assunto é "domínio da língua". É incrível como as explicaões dele soam simples. Minha dica: APROVEITE E APRENDA...

Um segredo básico para passar.

Se existe alguém que entende de vestibular é o paulista no Vinícius Cifú Lopes, 18. Encarou a Fuvest aos 13 anos, na 7ª série, e passou na primeira fase. A partir da 8ª, foi aprovado todos os anos como treineiro. Agora ele conquista o primeiro lugar na Fuvest.
O segredo, diz, é o básico: "prestar atenção nas aulas".
ENTREVISTA COM VINÍCIOS
Folha - O que você acha que foi determinante para conseguir essa façanha no vestibular?
Vinícius - Eu nunca fui de conversar em aula. E isso é importante, porque ou você ouve o professor ou ouve seu amigo.
Folha - Isso porque você acha legal o que o professor está falando ali na frente? Ou é por respeito ou hábito?
Vinícius - Hábito e respeito também. E eu nunca deixei acumular as coisas. Tem gente que deixa tudo pra última hora. Pra que economia de esforço? Então, vai fazendo à medida que vem a lição, à medida que vêm as aulas, vai fazendo...
Folha - Nunca deixar para amanhã o que dá para fazer hoje...
Vinícius - Porque amanhã pode acontecer alguma outra coisa e não dar tempo.
Folha - Você desenvolveu algum método de estudo para o vestibular?
Vinícius - Não, porque encarei o colegial me preparando para a vida.
Folha - Como assim?
Vinícius - Por exemplo, eu aprendi biologia pra não ser enganado por nenhum médico. Porque você está num colégio aprendendo tudo aquilo pra uma finalidade. E a finalidade do ensino nunca foi o vestibular. Eu só estudava isso para a vida, para não ser um ignorante. E aí o vestibular veio como consequência.
Folha - Mas aí você foi o primeiro do Enem também?
Vinícius - Fui o primeiro do Enem. Nem foi fácil, estava doente no dia. Tinha dor de cabeça, gripe, tive que pegar táxi, almocei muito cedo para chegar na hora. Comecei a prova e pensei "não vai dar pé porque aqui estou com metade da minha capacidade".
Folha - Tudo o que você faz é assim, sempre com muita consciência, ou é só com os estudos?
Vinícius - Com tudo, não gosto de perder o controle sobre o que eu faço.
Folha - E dá pra ter controle de tudo? Nas relações pessoais, nas amizades...? Vinícius - Dá. A gente tem que ficar atento se a pessoa é uma amiga de verdade ou se também não vale nada, está só te sugando.
Folha - Você lê muito?
Vinícius - Nestes anos de provas, a única coisa que eu li, fora os livros da Fuvest, foi jornal.
Folha - E TV, você assiste?
Vinícius - Só os noticiários. Assisto o do Bóris Casoy e o "Jornal Nacional" porque os dois separados são duas coisas horríveis. Então, é preciso juntar os dois para conseguir algo útil. Porque um faz muito comentário infantil, o outro só mostra baboseira, o que não interessa.
Folha - Qual é o comentário infantil?
Vinícius - O do Boris. "Isso é uma vergonha." Fica toda hora falando que é uma vergonha. Mas sugere alguma coisa? Não sugere nada. E o "Jornal Nacional" mostra o cara que está lá dentro do sertão costurando piaçava. Eu estou querendo saber disso? Então tenho que assistir os dois pra ter uma idéia.
Folha - Como você acha que a maioria dos estudantes de classe média, como os do Objetivo, onde você estudou, encara o ensino, o conhecimento?
Vinícius - Com repúdio. A grande maioria dos meus colegas pensa: "Ah, estudar não serve pra nada, amanhã tem festa, depois de amanha tem festa e tem a Copa também". Eu era de uma classe de 60 alunos, 40 eram assim.
Folha - E você acha que isso é consequência da baixa qualidade do ensino básico, que não soube conquistar esses estudantes?
Vinícius - Não, a culpa mesmo é dos pais, porque não ensinaram o cara durante o ensino fundamental a prestar atenção. Aí, chega ao ensino médio e o pai está desesperado, mandando o filho prestar atenção na aula. Vai adiantar? Ele não sabe como fazer isso.
Folha - E com você, como foi?
Vinícius - Os meus pais me orientaram bem, eu tomei o hábito e pronto.
Folha - E namorada?
Vinícius - Não apareceu.
Folha - Você curte música?
Vinícius - Não, não curto música. Eu gosto de silêncio.
Folha - Nem música brasileira?
Vinícius - Menos ainda. Música brasileira sempre foi nacionalista, contextual. Muita gente acha que eu gosto de música clássica, mas eu não gosto.
Folha - Você segue alguma religião?
Vinícius - Não.
Folha- Tudo o que não é explicado matematicamente você não acredita?
Vinícius - Não. Mesmo porque tem um monte de fenômenos que o povo faz um grande auê em cima. O negócio da morte, viajar pela morte e tal, é tudo explicável cientificamente. E não que eu siga a ciência como uma filosofia, uma religião. Eu não acredito em anjo, em duende, em superstição. Acredito que, às vezes, o medo comum ou a vontade comum tem influência, mas é disposição psicológica.
Folha - Já conheceu os veteranos da faculdade?
Vinícius - Conheci. Foi tudo bem. Lá na matemática não tem piscina, então, não tem massa d'água pra se afogar. Não tem árvores pra pendurar corda. E também estava cheio de pais por lá.
(por Bell Kranz Editora do Folhateen – Folha de São Paulo de 14/2/2000)

Como as coisas mudam

É verdade, tudo muda, tudo passa, mas a nossa visão...



E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib,
Que virou silicone

A peruca virou aplique,
interlace,
megahair,
alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM
Confete virou MMA
Crise de nervos virou estresse

A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou musse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou BabalooO
A-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3

É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do 'não' não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico

Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou Counter Strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita ?
Gal virou fênix
Raul e Renato,Cássia e Cazuza,Lennon e Elvis,
Todos anjosAgora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante

O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz......
De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.

(Luiz Fernando Veríssimo)

Jota Quest -- Vem Andar Comigo - Clipe Oficial

Uma música pra acalmar a alma!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Três Dias Para Ver, de Helen Keller.

O que você olharia se tivesse apenas três dias de visão?

Helen Keller, cega e surda desde bebê, dá a sua resposta neste belo ensaio, publicado no Reader's Digest (Seleções)


Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no princípio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silêncio lhe ensinaria as alegrias do som.
De vez em quando testo meus amigos que enxergam para descobrir o que eles vêem. Há pouco tempo perguntei a uma amiga que voltava de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. "Nada de especial", foi à resposta.
Como é possível, pensei, caminhar durante uma hora pelos bosques e não ver nada digno de nota? Eu, que não posso ver, apenas pelo tacto encontro centenas de objetos que me interessam. Sinto a delicada simetria de uma folha. Passo as mãos pela casca lisa de uma bétula ou pelo tronco áspero de um pinheiro.
Na primavera, toco os galhos das árvores na esperança de encontrar um botão, o primeiro sinal da natureza despertando após o sono do inverno. Por vezes, quando tenho muita sorte, pouso suavemente a mão numa arvorezinha e sinto o palpitar feliz de um pássaro cantando.
Às vezes meu coração anseia por ver tudo isso. Se consigo ter tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse enxergar, digamos por apenas três dias.
Eu dividiria esse período em três partes. No primeiro dia gostaria de ver as pessoas cuja bondade e companhias fizeram minha vida valer a pena. Não sei o que é olhar dentro do coração de um amigo pelas "janelas da alma", os olhos. Só consigo "ver" as linhas de um rosto por meio das pontas dos dedos. Posso perceber o riso, a tristeza e muitas outras emoções. Conheço meus amigos pelo que toco em seus rostos.
Como deve ser mais fácil e muito mais satisfatório para você, que pode ver, perceber num instante as qualidades essenciais de outra pessoa ao observar as sutilezas de sua expressão, o tremor de um músculo, a agitação das mãos. Mas será que já lhe ocorreu usar a visão para perscrutar a natureza íntima de um amigo? Será que a maioria de vocês que enxergam não se limita a ver por alto as feições externas de uma fisionomia e se dar por satisfeita?
Por exemplo, você seria capaz de descrever com precisão o rosto de cinco bons amigos? Como experiência, perguntei a alguns maridos qual a exata cor dos olhos de suas mulheres e muitos deles confessaram, encabulados, que não sabiam.
Ah, tudo que eu veria se tivesse o dom da visão por apenas três dias!
O primeiro dia seria muito ocupado. Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles. Também fixaria os olhos no rosto de um bebê, para poder ter a visão da beleza ansiosa e inocente que precede a consciência individual dos conflitos que a vida apresenta. Gostaria de ver os livros que já foram lidos para mim e que me revelaram os meandros mais profundos da vida humana. E gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes de meus cães, o pequeno scottie terrier e o vigoroso dinamarquês.
À tarde daria um longo passeio pela floresta, intoxicando meus olhos com belezas da natureza. E rezaria pela glória de um pôr-do-sol colorido. Creio que nessa noite não conseguiria dormir.
No dia seguinte eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia. Contemplaria assombrado o magnífico panorama de luz com que o Sol desperta a Terra adormecida.
Esse dia eu dedicaria a uma breve visão do mundo, passado e presente. Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus. Ali meus olhos veriam a história condensada da Terra -- os animais e as raças dos homens em seu ambiente natural; gigantescas carcaças de dinossauros e mastodontes que vagavam pelo planeta antes da chegada do homem, que, com sua baixa estatura e seu cérebro poderoso, dominaria o reino animal.
Minha parada seguinte seria o Museu de Artes. Conheço bem, pelas minhas mãos, os deuses e as deusas esculpidos da antiga terra do Nilo. Já senti pelo tacto as cópias dos frisos do Paternon e a beleza rítmica do ataque dos guerreiros atenienses. As feições nodosas e barbadas de Homero me são caras, pois também ele conheceu a cegueira.
Assim, nesse meu segundo dia, tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte. Veria então o que conheci pelo tacto. Mais maravilhoso ainda, todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado. Mas eu poderia ter apenas uma impressão superficial. Dizem os pintores que, para se apreciar a arte, real e profundamente, é preciso educar o olhar. É preciso, pela experiência, avaliar o mérito das linhas, da composição, da forma e da cor. Se eu tivesse a visão, ficaria muito feliz por me entregar a um estudo tão fascinante.
À noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema. Como gostaria de ver a figura fascinante de Hamlet ou o tempestuoso Falstaff no colorido cenário elisabetano! Não posso desfrutar da beleza do movimento rítmico senão numa esfera restrita ao toque de minhas mãos. Só posso imaginar vagamente a graça de uma bailarina, como Pavlova, embora conheça algo do prazer do ritmo, pois muitas vezes sinto o compasso da música vibrando através do piso.
Imagino que o movimento cadenciado seja um dos espetáculos mais agradáveis do mundo. Entendi algo sobre isso, deslizando os dedos pelas linhas de um mármore esculpido; se essa graça estática pode ser tão encantadora, deve ser mesmo muito mais forte a emoção de ver a graça em movimento.
Na manhã seguinte, ávida por conhecer novos deleites, novas revelações de beleza, mais uma vez receberia a aurora. Hoje, o terceiro dia, passarei no mundo do trabalho, nos ambientes dos homens que tratam do negócio da vida. A cidade é o meu destino.
Primeiro, paro numa esquina movimentada, apenas olhando para as pessoas, tentando, por sua aparência, entender algo sobre seu dia-a-dia. Vejo sorrisos e fico feliz. Vejo uma séria determinação e me orgulho. Vejo o sofrimento e me compadeço.
Caminhando pela 5ª Avenida, em Nova York, deixo meu olhar vagar, sem se fixar em nenhum objeto em especial, vendo apenas um caleidoscópio fervilhando de cores. Tenho certeza de que o colorido dos vestidos das mulheres movendo-se na multidão deve ser uma cena espetacular, da qual eu nunca me cansaria. Mas talvez, se pudesse enxergar, eu seria como a maioria das mulheres – interessadas demais na moda para dar atenção ao esplendor das cores em meio à massa.
Da 5ª Avenida dou um giro pela cidade – vou aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam. Viajo pelo mundo visitando os bairros estrangeiros. E meus olhos estão sempre bem abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu possa descobrir como as pessoas vivem e trabalham, e compreendê-las melhor.
Meu terceiro dia de visão está chegando ao fim. Talvez haja muitas atividades a que devesse dedicar as poucas horas restantes, mas acho que na noite desse último dia vou voltar depressa a um teatro e ver uma peça cômica, para poder apreciar as implicações da comédia no espírito humano.
À meia-noite, uma escuridão permanente outra vez se cerraria sobre mim. Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver. Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixei de apreciar.
Talvez este resumo não se adapte ao programa que você faria se soubesse que estava prestes a perder a visão. Mas sei que, se encarasse esse destino, usaria seus olhos como nunca usara antes. Tudo quanto visse lhe pareceria novo. Seus olhos tocariam e abraçariam cada objeto que surgisse em seu campo visual.
Então, finalmente, você veria de verdade, e um novo mundo de beleza se abriria para você.
Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que vêem: usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo se aplica aos outros sentidos.
Ouça a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o tacto. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao máximo todos os sentidos; goze de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de contacto fornecidos pela natureza. Mas, de todos os sentidos,
estou certa de que a visão deve ser o mais delicioso.

Leia...Vai te fazer bem...

A ESCOLA DOS BICHOS

Rosana Rizzuti

Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.

O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de
vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.

E assim foi feito, incluíram tudo, mas...
cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.

O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,
Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...
coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não
aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.

O Pássaro voava como nenhum outro, mas o
obrigaram a cavar buracos como uma topeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.

SABE DE UMA COISA?

Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.

Não podemos exigir ou forçar para que as
outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.

Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.

(http://www.sotextos.com/a_escola_dos_bichos.htm)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Quem é você?

Quem você seria no País das Maravilhas?

Você é sarcástica como a Rainha Vermelha, cheia de sabedoria como a Lagarta ou doce e inocente como a Alice? Faça o teste e descubra!

1) Duas pessoas começam a discutir na sua frente. O que você faz?
Entra na discussão
Ofende as duas ao mesmo tempo e as deixa tão perplexas que elas param de brigar
Fica chateada
Desaparece dali
Faz uma pergunta para fazê-las refletir

2) Você está andando pela rua e um cachorro vem correndo na sua direção. Como você reage?
Xinga o pulguento
Fala com ele (mesmo que mentalmente)
Pensa sobre a atual situação dos animais de rua
Atravessa a rua
Para e brinca um pouquinho com o cachorro
Essas e outras perguntas aguardam você no teste muito interessante sobre sua personalidade....Click no link abaixo e descubra: QUEM VOCÊ É!

http://jovem.ig.com.br/teste/2010/04/27/quem+voce+seria+no+pais+das+maravilhas+9469241.html

terça-feira, 11 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.


A trama de Lewis Carrol cria universo ficcional caótico que vai sendo conhecido em altíssima velocidade narrativa. Nada real, coisa alguma de realidades. Não deixa o leitor estabelecer relações cognitivas e emocionais no encontro com o texto. O impensado é o desafio a vencer.
O País das Maravilhas desliga linguagem de contexto usual e convida ao estranhamento do mundo. Obra de arte, não trata só do nonsense infantil, pois que carrega ordenação lógica singular.
Carroll finaliza revelando em que se assenta o seu país:
- Ah, eu tive um sonho tão esquisito! ? diz Alice.
O autor faz das aventuras encontros fenomenológicos. Cada episódio guarda níveis de apreensão diversos. A narrativa convoca a capacidade de reordenar as significações. Os encontros de Alice conduzem a pensar a própria linguagem de modo que se torne linguagem primeira redefinindo os próprios limites do mundo.
Infância, jogo e linguagem são os marcos essenciais do mundo poético de Carroll.
Nenhum suficiente em si para que se compreenda o mundo.
Alice não é puro jogo com os significantes.
No quinto capítulo, Conselhos de uma Lagarta, filosofia profunda aparece como ingênuo diálogo infantil.
?Quem é você??.
Está posta a própria existência em questão.
Tantas transformações sofridas e encontros no mínimo inusitados na toca do coelho, longe da família, da escola, das atividades e círculos sociais próximos, a resposta poderá ser errada, porque requer de Alice retomar a própria essência. Tarefa colossal ante as circunstâncias do País das Maravilhas.
O desassossego se instala; Carrol questiona a existência antes da autodefinição.
Dúvida antes do Verbo
A lagarta será borboleta. Espelho da metamorfose.
Escapa a Alice a razão de não poder identificar-se.
- Bom, quem sabe a sua maneira de sentir talvez seja diferente... ensaia Alice ainda na tentativa de explicar-se.
- Você! - exclamou desdenhosamente a Lagarta. ? E quem é você?
- Acho que a senhora deveria me dizer primeiro quem é.
- Por quê?
A nova pergunta desconcerta, confronta sem desvelar-se.
Carrol desarticula o mundo instituído. Retoma respostas socialmente aceitas, esvaziadas de significação e lhes dá outro lugar. Só o olhar primeiro, um novo olhar, se permite maravilhar.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Emocionante!

Queridos alunos,
Como combinado postei uma série de textos sobre Eutanásia. Acrescentei à pesquisa dois vídeos que julguei capazes que contribuir na formação de suas opiniões. Espero que leiam, discutam com seus famíliares e os aguardo "ansioso" para debatermos sobre este tema tão polêmico! Wanderson.


Forme sua opinião!

Pós e contras da Eutanásia

ARGUMENTOS A FAVOR

Para quem argumenta a favor da eutanásia, acredita que esta seja um caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida, um caminho consciente que reflete uma escolha informada, o término de uma vida em que, quem morre não perde o poder de ser ator e agente digno até ao fim.

São raciocínios que participam na defesa da autonomia absoluta de cada ser individual, na alegação do direito à autodeterminação, direito à escolha pela sua vida e pelo momento da morte. Uma defesa que assume o interesse individual acima do da sociedade que, nas suas leis e códigos, visa proteger a vida. Eutanásia não defende a morte, mas a escolha pela mesma por parte de quem a concebe como melhor opção ou a única.

A escolha pela morte, não poderá ser irrefletida. As componentes biológicos, sociais, culturais, econômicos e psíquicos têm que ser avaliados, contextualizados e pensados, de forma a assegurar a verdadeira autonomia do indivíduo que, alheio de influências exteriores à sua vontade, certifique a impossibilidade de arrependimento.

ARGUMENTOS CONTRA

São muitos os argumentos contra a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos e sociais. Do ponto de vista religioso a Eutanásia é tida como uma usurpação do direito à vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao “Criador”, ou seja, só Ele pode tirar a vida de alguém. “A Igreja, apesar de estar consciente dos motivos que levam a um doente a pedir para morrer, defende acima de tudo o carácter sagrado da vida,...” (Pinto, Susana; Silva, Florido,2004, p.37).

Da perspectiva da ética médica, tendo em conta o juramento de Hipócrates, segundo o qual considera a vida como um dom sagrado, sobre a qual o médico não pode ser juiz da vida ou da morte de alguém, a Eutanásia é considerada homicídio. Cabe assim ao médico, cumprindo o juramento Hipocrático, assistir o paciente, fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessário à sua subsistência. Para além disto, pode-se verificar a existência de muitos casos em que os indivíduos estão desenganados pela Medicina tradicional e depois procurando outras alternativas conseguem se curar.

"Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse (...) nem é lícito sequer quando o doente já não estivesse em condições de sobreviver" (Santo Agostinho in Epístola).

Por: Daniel Moraes.
Fonte de Pesquisa:
http://www.ufrgs.br/bioetica/eutantip.htm

Terri morreu: as dúvidas continuam

O fim da agonia da americana que passou quinze anos em estado vegetativo esquenta o debate sobre os limites aos quais se deve chegar para prolongar a vida de doentes com danos cerebrais ou em estado terminal.

Faz parte da cultura ocidental pensar o menos possível na morte. E nada na própria morte. O caso da americana Terri Schiavo obrigou todos que acompanharam sua agonia pelo mundo a pensar naquela que pode ser a mais sombria das decisões: como gerenciar a própria morte. Graças ao avanço da tecnologia e do conhecimento médico, as pessoas se vêem confrontadas com o poder de decidir como querem morrer e em que situações vale a pena ser mantido vivo. Terri passou quinze anos em estado vegetativo, o que significa que ela estava inconsciente e incapaz de realizar qualquer movimento voluntário. Seu córtex cerebral, a área do cérebro em que ocorre a consciência, havia sido destruído pela falta de oxigênio decorrente de parada cardíaca. Esse tipo de dano é irrecuperável. Três semanas atrás, depois de uma longa batalha judicial entre seu marido, Michael, e seus pais, Mary e Robert Schindler, a sonda de alimentação que mantinha Terri viva foi retirada. Ela morreu na quinta-feira passada, de inanição e desidratação, aos 41 anos. Michael sustentava que seria essa a vontade de Terri, se ela estivesse consciente.

A discussão que o drama de Terri despertou pode ser sintetizada em duas perguntas: a vida é sagrada e inviolável sob qualquer circunstância? Ou, ao contrário, só faz sentido manter alguém vivo enquanto houver resquícios daquilo que é a essência do ser humano: seu jeito de ser, suas memórias, suas opiniões, sua relação com o mundo? A resposta para essas questões pressupõe a solução de uma dúvida ainda mais profunda: o que é a vida? No caso de um animal, do mais simples besouro ao soberbo elefante africano, trata-se basicamente de um conjunto de funções vitais e biológicas. Já a vida humana é definida pelas mesmas características fisiológicas somadas a tudo aquilo que faz cada um de nós um ser único, com a capacidade de escolher e de pensar. O tema se adensa porque é necessário decidir qual desses aspectos é prioridade. Em outras palavras, o ser humano tem o direito de decidir qual vida tem valor e qual é descartável?

O debate é profundo, complexo, desafiador. Não tem respostas simples. Não tem solução satisfatória. Nas discussões travadas nos tribunais americanos havia o eco de Aristóteles, que ajudou a moldar o pensamento cristão apesar de ter morrido 300 anos antes de Cristo. O filósofo grego via a existência humana como um fim em si mesma, e por isso não podia jamais ser violada. Do outro lado, sentia-se a influência do pensador René Descartes, do século XVII, cuja frase mais conhecida é "penso, logo existo". Significa definir a vida não por sua existência biológica, mas pela consciência. Por razões práticas, a medicina moderna precisou definir a vida e a morte em termos técnicos. O conceito aceito é que a vida humana está guardada dentro do crânio – mais exatamente no encéfalo, formado por cérebro, cerebelo e tronco cerebral. Uma pessoa é considerada viva enquanto seu tronco cerebral, a parte do encéfalo que controla as funções básicas do corpo, como batida do coração e respiração, está funcionando. Era o caso de Terri. Apesar de o córtex cerebral estar destruído – e com ele qualquer resquício de pensamentos, as memórias e a consciência –, ela respirava sem ajuda de aparelhos.



Aí está uma contradição da medicina moderna. A morte encefálica, que define quando um paciente pode ou não ser declarado morto, existe sempre que há a destruição do tronco cerebral, mas não necessariamente do córtex. Isso equivale a sobrepor a vida biológica à vida pessoal. "Nenhuma das qualidades intrínsecas ao ser humano reside no tronco cerebral, da mesma maneira que não está nos rins nem na coluna espinhal. Então por que a morte de um ser humano é definida pelo estado de seu tronco cerebral?", questiona o biólogo americano William R. Clark no livro Sex and the Origins of Death (O Sexo e as Origens da Morte). A explicação para isso está nos avanços médicos das últimas décadas. Até 1950, considerava-se que alguém morria quando parava de respirar ou quando o coração não batia mais, o que, de qualquer forma, seria verdade em questão de minutos. Com a invenção do desfibrilador, equipamento que permite reanimar um paciente com parada cardíaca, e dos aparelhos de respiração assistida, a definição de fim da vida teve de ser mudada.

O conceito de morte encefálica permite que o atestado de óbito seja assinado quando o coração ainda está batendo, o que é fundamental para conseguir órgãos para transplantes. Em países com boa estrutura de saúde, as pessoas podem prever com grande probabilidade de acerto que morrerão em um hospital, cercadas de fios e tubos. A parafernália tecnológica, ao mesmo tempo que ajuda a curar doenças, também é capaz de prolongar o processo de morte, transformando os pacientes em virtuais prisioneiros da vida. No início do século passado, entre o momento do diagnóstico de uma doença fatal e a morte propriamente dita, passavam-se em média cinco dias. Hoje, esse tempo passou a ser de cinco anos. A verdade é que os médicos também se tornaram reféns da possibilidade de prolongar a vida até onde isso for possível. O fenômeno é chamado de "obsessão terapêutica" e pode ser visto como uma tentativa de "curar" a morte, como se ela fosse uma doença e não uma parte natural e inevitável da vida.

Na tentativa heróica de salvar um paciente, o médico pode se ver tentado a aplicar tratamentos desproporcionais, que não vão reverter o quadro de saúde do doente, mas apenas tornar mais lento o processo que o levará à morte, e muitas vezes causa grande sofrimento físico e psicológico. É nesse ponto que uma pessoa se vê obrigada a decidir sobre a própria morte – ou, se estiver inconsciente, seus parentes e médicos terão de escolher por ela. Trata-se de uma das decisões mais difíceis da profissão médica – e de um pesadelo para a família do doente. A maneira mais comum de evitar mais sofrimento é optar por não reanimar nem colocar um respirador artificial em um doente em estado terminal, caso ocorra uma parada cardiorrespiratória. Não se trata de praticar eutanásia, mas de deixar que a natureza siga seu curso, depois que todas as possibilidades de cura foram esgotadas. "Ninguém é obrigado a aceitar um tratamento que não lhe traz benefícios", diz a médica e jurista baiana Maria Elisa Villas-Bôas, autora do livro Da Eutanásia ao Prolongamento Artificial. "No caso de um paciente que perdeu a consciência, no entanto, a decisão deve ser sempre baseada no que seria melhor para ele, e nunca no ônus social e econômico que representa prolongar sua vida, por estar ocupando um leito de UTI", diz Villas-Bôas.




Por: Diogo Schelp

Eutanásia



A longa agonia da italiana Eluana Englaro, morta em 9 de fevereiro de 2009, aos 38 anos, 17 dos quais passados em estado vegetativo, reacendeu em todo o mundo o debate sobre a eutanásia e a ortotanásia. A prática de provocar a morte de um paciente em estado grave cuja reabilitação é descartada pelos médicos é polêmica, mesmo quando é o próprio paciente quem a solicita. Antes de suspender a alimentação de Eluana, vítima de um acidente de carro em 1992, a família teve de atravessar uma longa e ruidosa batalha na Justiça - e a oposição do premiê Silvio Berlusconi. O caso chegou a gerar uma crise política na Itália. Além de se recusar a assinar o decreto-lei criado por Berlusconi para impedir a eutanásia de Eluana, aprovada em novembro pela máxima corte de Justiça italiana, o presidente Giorgio Napolitano taxou a atitude do colega de inconstitucional. Em seu pedido à Justiça, a família afirmou que levar Eluana à morte atenderia à vontade da paciente. A seguir, mais informações sobre a prática.


1. O que é exatamente a eutanásia e por que é tão polêmica?
De acordo com o dicionário Houaiss, eutanásia é o “ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por afecção incurável que produz dores intoleráveis”. Daí, já se pode diferenciar a prática da distanásia, expressão relativa a uma morte lenta e sofrida, e da ortotanásia, vocábulo que representa a morte natural. A eutanásia suscita polêmica pelas mesmas razões que fazem do aborto um motor de calorosos debates: porque perpassa a bioética, e também a moral de cada um. Não há consenso a respeito da validade da prática nem mesmo entre os médicos, porque não há acordo a respeito do que sentem e pensam doentes em coma ou em estado vegetativo. Exemplo dessa dissintonia de opiniões é o caso Terri Schiavo, a americana morta por eutanásia em 2005 a pedido do marido. Ele se apoiava num diagnóstico médico segundo o qual Terri, que em 1990 sofrera uma parada cardíaca e ficara sem oxigenação no cérebro, já não possuía consciência. Os pais da paciente, no entanto, dispunham de outros laudos, que afirmavam que Terri tinha uma consciência mínima, e se opunham à sua morte. A Justiça dos Estados Unidos acabou dando ganho de causa ao marido. Os aparelhos foram desligados e ela morreu.

2. Como é realizado o procedimento que recebe o nome de eutanásia?
Existem pelo menos quatro tipos de eutanásia, divididos em duas categorias: a voluntária e a involuntária, e a passiva e a ativa. Na eutanásia ativa, também chamada de positiva ou direta, o paciente recebe uma injeção ou uma dose letal de medicamentos. Conhecida ainda como negativa ou indireta, a eutanásia passiva foi a que matou Eluana Englaro, cuja alimentação foi suspensa. Aqui, o que conta é a omissão: o paciente deixa de receber algo de que precisa para sobreviver. A diferença entre eutanásia voluntária e involuntária está na participação do paciente. Numa, ele coopera, tomando parte da decisão. Na outra, a ação é praticada sem o seu aval ou mesmo sem o seu conhecimento. Uma outra classificação, que cruza fins e voluntariedade, divide a eutanásia em libertadora (aquela que abrevia a dor de um doente incurável), piedosa (aplicada a pacientes terminais e em estado inconsciente) e eugênica (do tipo que os nazistas praticavam para eliminar indivíduos apsíquicos e associais).

3. A eutanásia é considerada uma prática legal no Brasil?
Não. As leis brasileiras sequer preveem a prática. A eutanásia não possui nenhuma menção nem no Código Penal Brasileiro, que data de 1940, nem na Constituição Federal. Por isso, legalmente falando, o Brasil não tem nenhum caso de eutanásia - quando algo semelhante acontece, recebe o nome de homicídio ou suicídio. Mas, de acordo com a interpretação que advogados e juízes venham a desenvolver, os artigos 121 e 121 do Código Penal podem ser empregados para fundamentar posições em relação à prática. O artigo 121 trata do homicídio qualificado, conceito que inclui a morte provocada por motivo fútil, com emprego de meios de tortura ou com recurso que “dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”. Em todos esses casos, a pena vai de 12 a 30 anos de reclusão. O artigo 122 versa sobre o suicídio induzido, instigado ou auxiliado por terceiros.

4. Eutanásia pode ser também chamada de suicídio assistido?
Embora as leis brasileiras não prevejam a eutanásia, ela pode ser definida como uma prática distinta do suicídio assistido, que é quando um paciente pede ele mesmo - e sempre de maneira consciente - ajuda para se matar. É este o caso abordado no filme Mar Adentro, de Alejandro Amenábar, em que o personagem vivido pelo ator Javier Bardem luta para obter o direito ao suicídio. O artigo do Código Penal Brasileiro que dispõe sobre o suicídio assistido, o de número 122, descreve-o como a prática de “induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça” e prevê de um a seis anos de reclusão, de acordo com os resultados (se lesão ou se morte) da ação. O artigo também prevê a duplicação da pena se o crime tiver motivo egoístico ou se a vítima for menor de idade ou com baixa capacidade de resistência.

5. Qual é a posição da Igreja Católica brasileira a respeito?
A Igreja é contra a eutanásia. A campanha da fraternidade lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2008, “Escolhe, pois a vida”, se dirigia contra a eutanásia, bem como contra o aborto e a pesquisa científica com embriões humanos. Ao tomar parte do debate levantado pelo caso Eluana Englaro, o papa Bento XVI afirmou que a eutanásia seria uma “solução falsa para o sofrimento”.

6. Há instituições que defendam a eutanásia no Brasil?
Sim. Uma delas é oriunda da própria Igreja Católica. É a organização não-governamental (ONG) Católicas pelo Direito de Decidir (CDD), formada por militantes feministas cristãs, dissidentes das encíclicas e de outros documentos elaborados pela cúpula da igreja e ligada à Teologia da Libertação. Em 2008, ano em que a campanha da fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) mirou a eutanásia e o aborto, a CDD elaborou um manifesto, questionando: “É possível afirmar a defesa da vida e condenar as pessoas a sofrer indefinidamente num leito de morte, condenando o acesso livre e consentido a uma morte digna, pelo recurso à eutanásia?”.

7. No âmbito político, já se tomou alguma medida para regulamentar a prática?
O Brasil chegou a ter uma iniciativa parlamentar a favor da eutanásia. Foi o projeto de lei 125/96, de autoria do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), que pretendia liberar a prática em algumas situações. Submetida à avaliação das comissões parlamentares em 1996, a proposta não prosperou e acabou sendo arquivada três anos depois. Já o deputado Osmâmio Pereira (PTB-MG) propôs em 2005 uma lei que proibisse claramente e prática no país, definindo-a, assim como ao aborto, como crime hediondo. O seu projeto de lei, de número 5058, também se encontra arquivado.

8. Há países onde a eutanásia é permitida por lei?
Sim. Na Europa, continente que mais avançou na discussão, a eutanásia é hoje considerada prática legal na Holanda e na Bélgica. Em Luxemburgo, está em vias de legalização. Holanda e Bélgica agiram em cadeia: a primeira legalizou a eutanásia em abril de 2002 e a segunda, em setembro do mesmo ano. Na Suécia, é autorizada a assistência médica ao suicídio. Na Suíça, país que tolera a eutanásia, um médico pode administrar uma dose letal de um medicamento a um doente terminal que queira morrer, mas é o próprio paciente quem deve tomá-la. Já na Alemanha e na Áustria, a eutanásia passiva (o ato de desligar os aparelhos que mantêm alguém vivo, por exemplo) não é ilegal, contanto que tenha o consentimento do paciente. A Europa é o continente mais posicionado em relação à eutanásia, mas é provável que o Uruguai tenha sido o primeiro país a legislar sobre o assunto. O Código Penal uruguaio, que remete à década de 1930, livra de penalização todo aquele que praticar “homicídio piedoso”, desde que conte com “antecedentes honráveis” e que pratique a ação por piedade e mediante “reiteradas súplicas” da vítima.

9. Quais argumentos são usados contra e a favor da eutanásia?
Não é à toa que a eutanásia é uma prática polêmica, capaz de dividir opiniões: ela reúne muitos prós e contras. Na opinião de seus defensores, o procedimento é uma saída honrosa para os que se veem diante de uma longa e dolorosa agonia. É essa a posição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. “Não pode haver dignidade com uma vida vegetativa”, disse ele a VEJA. Reduzir esse sofrimento seria então um ato de solidariedade e compaixão. Os casos em que o paciente pudesse decidir por sua morte seriam ainda concretizações do princípio da autodeterminação da pessoa. Questões de saúde pública também podem entrar na discussão: pode-se falar do custo de manter vivo um paciente sem chance de voltar à plena consciência. Para os que se opõem à eutanásia, isso não é desculpa: o estado tem o dever de preservar a vida humana a todo custo, assim como o médico, de cuja ética não pode abrir mão.

10. A eutanásia é uma prática característica do mundo moderno?
Não, a eutanásia é uma prática que acompanha a humanidade há milhares de anos. Não é possível saber a data exata em que surgiu. Em artigo publicado no site da sede da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, presidente da seção paulista da entidade, afirma que a eutanásia era muito praticada na antiguidade, por povos considerados primitivos. Vale lembrar que a palavra tem origem grega. É o resultado do casamento de “eu”, que significa bem, e “thanatos”, que é morte, representando a boa morte ou morte sem sofrimento.

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/eutanasia/morte-pacientes-etica-religiao-ortotanasia.shtml

domingo, 11 de abril de 2010

Mais uma canção linda!

O nome da música é: Num labirinto. Quem canta é Jay Vaquer. O eu-lírico diz estar perdido e por isso, se jogou num labirinto. Ele ainda declara que deixou de lado o que sente e de tão cego ficou impossível de ir além do raso. A licença poética deu liberdade pra tropeçar na colocação pronominal, mas o erro nesse caso foi totalmente proposital; já que ele está num labirinto. E você já ficou perdido por alguma coisa?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

É de matar de rir!

Não é nada fácil essa vida de bandido!

sexta-feira, 26 de março de 2010

O significado da Páscoa...

A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.

Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.

No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.

Nossos amigos de Kidlink nos contaram como se escreve "Feliz Páscoa" em diferentes idiomas. Assim:


Pra quem você quer desejar que a Páscoa deste ano traga muitas felicidades?

Palavras denotativas

Certas palavras e locuções de nossa Língua se assemelham aos advérbios, mas por não exprimirem nenhuma circunstância, não podemos, a rigor, enquadrá-las como tal. Embora, em diversas situações cumpram o papel desempenhado por eles. Por isso, elas recebem uma classificação especial. A Nomenclatura Gramatical Brasileira as consideram apenas Palavras Denotativas, isto é, não se classificam em nenhuma das dez classes gramaticais.

São palavras denotativas porque expressam idéias, como de exclusão, inclusão, situação, designação, retificação, e outras. Portanto, são classificadas em função da idéia que expressam. Assim, entre outras, temos as que designam idéia de:

Adição - ainda, além disso, ademais, etc.:

• Comeu tudo e ainda queria mais.

Afetividade - ainda bem, felizmente, infelizmente, etc.

• Ainda bem que passei de ano.
Exclusão - apesar, somente, só, salvo, exclusive, senão, sequer, apenas, menos, etc.

• Todos, exceto eu, foram à festa.

Explicação - isto é, por exemplo, a saber, etc.

• Li vários livros, a saber, os clássicos.

Inclusão - até, ainda, além disso, mesmo, também, inclusive etc.

• Nosso colega é bom em tudo, até em arqueologia.

Realce - cá, lá, mas, ainda, é que, só, é porque etc.

• E você lá sabe essa questão? / Ele é que roubou?

Retificação - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.

• Éramos dez, ou melhor, nove homens feitos e um menino.
(Autoria de Ricardo Sérgio, retirado do site: www.ricardosergio.net)

terça-feira, 23 de março de 2010

Miniconto

Miniconto, ou microconto, ou nanoconto, é uma espécie de conto muito pequeno, produção esta que tem sido associada ao minimalismo. Embora a teoria literária ainda não reconheça o miniconto como um gênero literário à parte, fica evidente que as características do que chamamos de miniconto são diferentes das de um "conto pequeno". No miniconto muito mais importante que mostrar é sugerir, deixando ao leitor a tarefa de "preencher" as elipses narrativas e entender a história por trás da história escrita.

O guatemalteco Augusto Monterroso é apontado como autor do mais famoso miniconto, escrito com apenas trinta e sete letras:

Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.

Assim como o estadunidense Ernest Hemingway é autor de outro famoso miniconto. Com apenas vinte e seis letras, mas por trás das quais há toda uma história de tragédia familiar:

Vende-se: sapatos de bebê, sem uso.

O número de letras é importante mas não rígido, normalmente sendo atribuído pelos autores ou organizadores de determinada antologia, e naturalmente divulgados na mesma. Marcelino Freire publicou em 2004 a obra Os cem menores contos do século, em que desafiou cem escritores a produzir contos com no máximo 50 letras, por exemplo.
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Essa música é linda...

É a primiera que posto uma música aqui em nosso blog.
Espero que gostem, que apreciem e que desfrutem de toda a poesia que essa canção faz ao amor!

Conto...

Interessante! Espero que gostem...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Nova Era: Informação é riqueza

Antigamente, a riqueza de uma pessoa era medida por suas posses físicas. Ouro, terras, gado, era isto que significava riqueza. Agora, estamos numa nova era, chamada de Era de Aquário, ou Era Messiânica. Quem é o homem mais rico do mundo? Bill Gates, o dono da Microsoft. O que ele vende? Informação, o Windows, um programa de computador. O produto da Microsoft não é um bem físico. Pode até vir num disquete ou num CD, mas o disco é só a embalagem. O produto não é algo físico, é informação. Na Nova Era, a matéria física está perdendo o poder. A mente, a inteligência, a informação, são a nova riqueza, o novo poder. A mente está acima da matéria. A energia espiritual está acima dos bens materiais.
Para obter sucesso duradouro, coloque o foco em elevar sua consciência.

Um Conto curto: Papel Amassado

Quando criança, era impulsivo e reagia à menor provocação. Depois, me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado. Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva, me entregou uma folha de papel lisa e disse:
- Amasse essa folha!
Obedeci e fiz com ela uma bolinha.
- Agora - ele voltou a dizer - deixe-a como estava antes.
Claro que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel ficava cheio de dobras. O professor disse:
- O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que deixamos neles é tão difícil de apagar como esses amassados.
Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de estourar, lembro deste papel amassado.
A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.

Homenagem às mulheres!


Uma singela homenagem de coração e alma para as mulheres nesta data especial.

Humor é tudo nessa vida!

A fé em Deus nos faz crer no incrível, ver o invisível e realizar o impossível.
E o que você espera alcançar em Deus?

Instante, Beto Canales

No exato momento em que colocou o pé na faixa branca sobre o asfalto quente e negro, ouviu o estampido e lembrou uma brincadeira que fazia quando criança, que basicamente consistia em fazer barulhos. Quem emitisse o som mais estranho que os outros da turma reconhecessem, seria o vencedor. As regras não eram rígidas e, por vezes, mudavam durante o próprio concurso. Tinha cerca de dez anos e esse seria o campeonato do final da temporada, pouco antes das férias, imperdível, portanto. Fez algo como um sapo engasgado em dia de chuva e venceu com folga o principal concorrente, que imitava um pedaço de fígado caindo no chão, que ninguém - pudera! - imaginou o que fosse. Ficou feliz e preparou-se para a segunda parte, imitando uma tradicional sirene de ambulância. Venceu também. A imitação foi perfeita, deixando sem chances a lambreta de corrida. A vitória encheu-o de orgulho, como no primeiro namoro, alguns anos depois, com uma menina linda, loira, de olhos claros com uma faísca permanentemente acesa, que o fizera apaixonar-se brutalmente, fizera-o emagrecer e tremer, depois de beijá-la no quintal de casa. Aproximaram-se assim, naturalmente, e os lábios encontraram-se ainda secos e pálidos, permanecendo unidos até ficarem úmidos e vermelhos como sangue vivo. Saiu quieto, caminhando de costas, sem tirar os olhos da faísca e com as pernas trêmulas foi para casa escrever. E conheceu a poesia, sua própria poesia. Passava noites insones, nada natural na sua idade, tentando expressar o que estava sentindo. Travava uma luta árdua com as palavras e normalmente não vencia. O amor era tão grande que parecia não haver palavras suficientes para expressá-lo, pensava sentir algo que ainda não existia, portanto, literalmente indescritível. Isso o levou a conhecer a poesia de outros e viu que não era bem assim. Recordou que aos vinte anos já possuía uma ampla biblioteca. O amor da adolescência ficara no passado e nesta época nutria outro amor: livros. E novamente era consumido, dessa vez por grandes autores. As noites tornaram-se curtas. Alimentava sua fome com muita literatura, arte, psicologia e principalmente filosofia. Lembrou-se da primeira aula, nervoso diante dos alunos quietos e surpresos frente a um professor jovem de roupas simples, talvez até demais, óculos tortos na face mal barbeada e cabelos confusos. Escreveu a palavra "filosofia" no quadro negro e disse que se ao final do ano um só aluno concordasse com sua idéia de que todo governo, de qualquer nação, deveria ter um filósofo no primeiro escalão, sua vida de professor estaria recompensada. Então lembrou-se da política, que trouxera bons amigos e alguns desafetos, dos intermináveis discursos que fazia, das conversas polemizadas em bares junto a um copo sempre vazio, das idéias mirabolantes que defendia com argumentos e teorias feitas na hora, protegidas com gritos e batidas de punhos na mesa. Isso faz com que lembre outra paixão, também com faísca nos olhos azuis, sentada no outro lado da mesma mesa, somente esperando o amadurecimento, enfim, chegar. Lembrou o começo do namoro, as afinidades, o isolamento em que ficaram por alguns meses, tempos de planos e sonhos, tempos de união, de conversas intermináveis sobre qualquer coisa, desde a importância da cibernética para o desenvolvimento da humanidade até qual o ponto ideal de cozimento do brócolis, a luta diária por espaço e qualidade de vida, o aconchego em noites frias na cama e, claro, o casamento. O terno simples e negro, pesado, o vestido branco e leve. Lembrou-se de cada detalhe, dos amigos reunidos festejando, felizes e risonhos, ao contrário do nascimento do filho, poucos meses depois, quando sofrera muito com os riscos do parto. Chega a ouvir novamente o grito livre e esganiçado do menino, que cessou diante da sua voz branda. Lembrou o primeiro sorriso da criança, quando chorou vertiginosamente de emoção, a boca abrindo-se lentamente e emitindo um som de graça, os braços agitando-se, as primeiras palavras e passos, os tombos e os machucados, a vermelhidão dos joelhos ralados, os abraços e beijos, a primeira ida à escola, as brincadeiras inocentes, as conversas longas e saudáveis que tinham seguidamente. O que o levou a acreditar que tinha algo a mostrar, a ensinar além do magistério, além da sala de aula, e que talvez tivesse chegado a hora de escrever seu livro, realizando o sonho que nutria desde a adolescência. Lembrou-se das novas noites insones, das pesquisas, do apoio da esposa e do filho, de todo o conhecimento que adquirira e tentava transmitir, das teorias que então compunha demoradamente, das mudanças em praticamente tudo o que pensava, da evolução como homem, como pensador, de seus textos, da dificuldade em colocá-los dentro de uma ordem razoável e lembrou-se do dia de ontem, quando finalmente recebeu uma ligação da editora convidando-o para assinar o contrato de publicação do livro e da comemoração com a família, da "olhos de faísca" orgulhosa do marido, do filho encarando-o como um super-heroi sem músculos, dos amigos felizes com o sucesso, e dele mesmo, sentindo-se completo, realizado. Lembrou-se de alguns minutos atrás quando saiu de casa com beijos em cada bochecha para ir à editora, do homenzinho verde permitindo-o ir em frente, de olhar para o chão e ver a faixa branca sobre o asfalto quente e negro, e não lembrou mais nada e nem ouviu mais o estampido. A bala perdida dilacerou seu cérebro, sua vida. Rasgou seu legado. O vermelho escondeu a faixa branca sobre o negro.

Uma visita inesperada

Estava eu indo para minha casa após mais um dia de trabalho, era sexta-feira e como de costume fui a um barzinho com os outros advogados e pessoal do escritório. Eu ia encontrar minha noiva, mas ela me ligou de última hora desmarcando, dizendo que estava numa cidadezinha vizinha pelo trabalho, e passaria a noite lá porque não tinha como voltar, achei estranho ela não ter comentado que iria pra lá, mas tudo bem, decidi ir pra casa descansar. Mas no caminho me bateu uma sensação de que eu estava sendo vigiado, sabe aquela sensação de que tem alguém te olhando, que está atrás de você te acompanhando, você olha e não vê nada nem ninguém? Era isso que eu estava sentindo, e reparei que essa sensação estava me acompanhando o dia todo, mas nem me preocupei, “É besteira de minha cabeça, cansada do trabalho da semana!” então liguei o rádio para distrair a cabeça e parar de pensar naquela sensação estranha. Mas a sensação não passa, e estranhamente meu CD parou de tocar, e mudou pra uma estação de rádio. Achei estranho, pois meu rádio não tinha problema nenhum, e o mais estranho era que o rádio estava noticiando coisas ocorridas há um ano. Então mudei a estação e em toda estação que parei, estava tocando músicas de mais ou menos um ano atrás também, parecia que meu rádio estava sintonizado com uma freqüência vida do passado, vinda do ano anterior. Deixei assim e fui curtindo, quando começa a tocar uma música mais animada, e sinto como se tivesse alguém se mexendo no banco de trás do carro, como se estivesse dançando, e vi um vulto pelo espelhinho do carro, me assustei, olhando pra trás, mas não vi nada. Não tinha ninguém ali, apenas eu e a música já bastante tocada, pois fez sucesso essa música entre os jovens. Mas o carro parecia balançar, continuava com aquela sensação de que tinha alguém ali. Logo cheguei em casa, morava sozinho em uma casa, consideravelmente grande e confortável. E pelos acontecimentos dessa noite, esse conforto seria útil para descansar. Então fui tomar um longo banho, e quando estou terminando ouço o rádio ligar na sala, me assustei, mas pensei que fosse minha noiva que conseguiu voltar e veio me fazer uma surpresa. Me enrolei na toalha e desci para vê-la, mas quando chego na sala não vejo ninguém ali, e aquela mesma sensação de que tinha alguém ali, se mexendo, como se estivesse dançando com a música. Procurei a casa inteira, chamei e ninguém respondeu, então desliguei o rádio, pensando que pudesse ser alguma função que eu tinha ativado se saber. Mas assim que o desliguei, ouvi uma batida na mesa atrás de mim, como se alguém tivesse dado um soco na mesa, e um belo soco, o barulho foi alto e forte, um soco de raiva. Virei-me assustado, mas não tinha nada nem ninguém ali, eu estava sozinho na casa.“Pronto, estou tendo alucinações agora, preciso mesmo descansar.” Então subi pro quarto e fui dormir. Mas alguns minutos após eu ter deitado, escutei uns barulhos como se estivessem arrastando alguma coisa pelo corredor de casa, que levava ao quarto, me assustei e fui olha o que era, encostei o ouvido na porta, e sentia que, o que quer que seja, estava se aproximando do quarto, mas o barulho parou ao chegar próximo à porta. Quando desencostei o ouvido da porta para abri-la, ouvi uma batida enorme na porta, quase arrancando-a do lugar, quase cai sentado com o susto, já estava pensando em ligar pra polícia, deveria ter alguém na casa, e foi quando comecei a ouvir gritos abafados e gemidos na sala, abri a porta lentamente pra ver o que acontecia, mas não vi nada, e o barulho persistia, gemidos de dor, gritinhos abafados de sofrimento. Entrei pro quarto e me deitei, “Isso é alucinação, eu estou muito cansado, é isso, vou dormir e tudo passará”. Mas esses barulhos continuaram por horas, quando pararam, mas a pausa durou apenas alguns minutos, logo ouvi novamente o barulho de arrastar, mas logo depois ouvi um grito aterrador, um grito de dor, ódio e angústia, tudo misturado, um que me fez arrepiar da cabeça aos pés, e nesse momento olhei para o relógio, eram 2h da manhã, e junto com o grito, comecei a sentir um cheiro horrível de algo queimando, parecia carne queimando, mas não era bife ou carne de churrasco, era um cheiro horrível de sebo, de carne, de cabelo, tudo misturado, um odor que me causou ânsia de vomito. Os barulhos logo pararam, mas o odor permaneceu na casa a noite toda, mal dormi, apenas cochilava e logo acordava assustado. Pela manhã me levantei, estava tudo calmo, nenhum barulho na casa, nenhum odor estranho nada, tomei um banho e fui tomar café, foi quando minha noiva me ligou reclamando que eu não tinha ido encontrá-la, ela disse que não tinha me ligado coisa nenhuma, e que na verdade tentou me ligar a noite toda, mas eu não atendia. Achei estranho e disse que passaria na casa dela a tarde. Então algo no jornal quase me faz cair de costas, fiquei parado olhando a notícia que dizia. “Hoje faz um ano da morte de Juliana, um crime bárbaro, onde essa jovem foi arrastada pelos cabelos em um canavial, violentada e jogada pra ser queimada viva, ao que se sabe, foi exatamente as 2h da manhã quando ela foi jogada no fogo que queimava a cana para a colheita no dia seguinte, e apesar de machucada ela estava viva e consciente. E seus assassinos conseguiram pena mínima, pois seu advogado havia conseguido desmerecer os testemunhos dos cortadores de cana que testemunharam e tentaram salvar a garota do fogo.”Esse advogado era eu.
Texto de Cacau’s Weblog.

quinta-feira, 4 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

Conto muito interessante!

Sensacional!

Impressionante!

Fantástico!

Admirável!

(Já perceberam que eu gostei, né!? )

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Interessante!

E então, gostou das dicas?

Goiás faz campanha contra tráfico humano


A maioria das vítimas deste crime segue para o trabalho escravo, adoção ilegal e exploração sexual e Goiás é o estado brasileiro com maior índice de exportação de mulheres para a prostituição. Segundo estudo realizado na Espanha, de cada 4.500 prostitutas no país, 3.000 mil são goianas.


O que é literatura?

Quem não conhece a vida rural ou a vaca, fala que o leite vem da padaria ou do supermercado. Assim acontece com a literatura. Alguém poderá responder que literatura é aquilo que se estuda na escola, que ela esteja restrito ao mundo escolar.
Há outra deturpação. A pessoa resolve escrever para ficar famosa, e acha que a literatura é o caminho. Na verdade, a pessoa escreve (ou pinta, ou esculpe, ou...) porque sente necessidade de extravasar, quer se doar ao outro.
A literatura, antes de ser estudo, foi vida, criação de uma pessoa, é a simulação da vida. Toda pessoa devia ter uma arte preferida para se expressar ou fruir, como se fosse um hobby, porque nela expressa a sua alma.
Algumas pessoas escolhem a música, outras a pintura, o cinema. E há quem goste de escrever, fazer contos ou poema, novelas ou romances, sem objetivo prático, apenas para ter prazer, com toda gratuidade possível num sistema de mercado. Esses fazem literatura.
Que ela seja objeto de estudo nas universidades e nas escolas é uma conseqüência inevitável, mas não deve ser o objetivo primeiro de quem a faz.
Completa-se aqui com a definição com Afrânio Coutinho:
“A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social.
O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões das verdades factuais. Os fatos que manipula não têm comparação com os da realidade concreta. São as verdades humanas, gerais, que traduzem antes um sentimento de experiência, uma compreensão e um julgamento das coisas humanas, um sentido da vida, e que fornecem um retrato vivo e insinuante da vida, o qual sugere antes que esgota o quadro.
A Literatura é, assim, a vida, parte da vida, não se admitindo possa haver conflito entre uma e outra. Através das obras literárias, tomamos contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a todos os homens e lugares, porque são as verdades da mesma condição humana.”
*Hélio Consolaro é professor de Literatura, coordenador deste site, cronista da Folha da Região e presidente da Academia Araçatubense de Letras.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Dicas de crase!


Você saberia dizer quantas frases estão corretas?

· Entregamos à domicílio.

· Vendas à prazo com planos especiais.

· 15 sabores à escolher.

· Prestações à perder de vista.

· Trajes à rigor.

· Preços à vista com 10% de desconto.

· Atendemos de segunda à sexta.
· Ótima localização, à 10 minutos do metrô.

· Lindos bordados feitos à mão.

· Diariamente até às 18:00.

· Conjuntos infantis à partir de R$ 15,00.

..........Fácil? Então, quantas das frases acima estão corretas?

Entregamos à domicílio.
É fácil ver que Domicílio, enquanto substantivo masculino, não pode ter um artigo feminino a, e portanto não leva acento grave. Quero aqui ressaltar um outro erro: o verbo entregar significa levar alguma coisa a alguém em algum lugar. Nesse contexto, domicílio não é o objeto indireto (a alguém) e sim o adjunto adverbial de lugar. Portando não entregamos a Domicílio, e sim no domicílio.

Vendas à prazo com planos especiais.
É fácil ver que prazo, enquanto substantivo masculino, não pode ter um artigo feminino a, e portanto não leva acento grave. Para formação de crase com um substantivo masculino, só com o uso do pronome aquele, mas no caso de artigo, como pede o artigo o, ficaria vendas ao prazo.

15 sabores à escolher.
Escolher é um verbo e como tal não pede artigo, a não ser que esteja na sua forma substantivada. Mas nesse caso, um verbo substantivado sempre vai para o masculino, e portanto pediria artigo o. O escolher é uma árdua tarefa.

Prestações à perder de vista.
Perder é um verbo e como tal não pede artigo, a não ser que esteja na sua forma substantivada. Mas nesse caso, um verbo substantivado sempre vai para o masculino, e portanto pediria artigo o.

Trajes à rigor.
Rigor é um substantivo masculino e, portanto, não pode ter uma artigo feminino.

Preços à vista com 10% de desconto.
Este é de longe o erro mais comum e mais cometido no uso do acento grave. Soa bastante natural o acento em vendas à vista. Porém é simples perceber que seu uso é incorreto. Basta fazer a substituição da palavra vista por um substantivo masculino, que no caso o mais prático é a palavra prazo, por ter um uso bastante similar. Como não dizemos vendas ao prazo, também não diremos vendas à vista, certo? Há porém que se notar um caso em que utiliza-se o acento grave: quando vista é usado no sentido de ver, enxergar, como em terra à vista.
Atendemos de segunda à sexta.
Podemos nesse caso notar que segunda está sem artigo (de -> da) e portando Sexta também deve estar sem artigo por uma questão de coerência. Podemos também fazer o teste substituindo por um substantivo masculino: ... de segunda a sábado.. Como não falamos ao sábado, não colocamos crase em a sexta. Fácil, não?

Ótima localização, à 10 minutos do metrô.
Numerais, em geral, não levam artigos definidos. Podemos, ao invés disso, apor um artigo indefinido: a uns 10 minutos, que nos provará que 10 minutos é masculino. Por outro lado, o acento grave poderia estar ligado a um substantivo feminino oculto (distância, por exemplo). Porém minuto não é medida de distância, e sim de tempo, portanto não faz sentido falar-se em à distância de 10 minutos.

Lindos bordados feitos à mão.
Temos aqui um substantivo feminino e, portanto, vamos tentar substituí-lo por um masculino. Podemos traçar uma equivalência de feito a mão com ir a pé. Como não falamos ir ao pé, não diremos feito à mão.

Diariamente até às 18:00.
Aqui já temos uma preposição (até), cuja função é limitar a continuidade da ação. Portanto não cabe aqui o uso de mais uma preposição (a) e com isso não haverá formação da crase.

Conjuntos infantis à partir de R$ 15,00.
Partir é um verbo e como tal não pede artigo, a não ser que esteja na sua forma substantivada. Mas nesse caso, um verbo substantivado sempre vai para o masculino, e portanto pediria artigo o.

OLIVEIRA, Edson Roberto de. A crase.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Horário de Verão termina no próximo sábado

Moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão atrasar os relógios em uma hora.

Termina à meia noite do próximo sábado (20) o Horário de Verão. Com isso, na virada do sábado para o domingo, os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão atrasar seus relógios em uma hora.


A atual edição do Horário de Verão foi iniciada no dia 18 de outubro do ano passado e coincidiu com alguns recordes no consumo de energia, verificados principalmente neste mês, devido às altas temperaturas que elevaram às alturas o uso de ar-condicionado em escritórios e residências.
O secretário-adjunto de Energia do Ministério de Minas e Energia, Ildo Wilson Grudtner, admite que esses picos de consumo causados pelo calor devem reduzir ligeiramente a previsão inicial do Ministério de Minas e Energia de que o Horário de Verão 2009/2010 geraria uma economia total de 0,5% no consumo de energia no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
- Deve ficar próximo de 0,5%, que é o valor histórico. Um pouco acima ou abaixo, provavelmente um pouco abaixo.
De qualquer modo, Grudtner disse que o governo ainda não tem dados consolidados sobre os efeitos do Horário de Verão no consumo e só deverá tê-los em março. Mas, segundo o técnico, os recordes de consumo atingidos neste mês não afetaram o objetivo central do Horário de Verão, que é a redução do consumo no horário de pico padrão, entre as 18h e as 21h.
Como durante o Horário de Verão os relógios são adiantados em uma hora, a luminosidade natural - que nesta época do ano é maior - é aproveitada por mais tempo, evitando-se sobrecargas nos sistemas. Basicamente, o que ocorre é que a iluminação pública demora mais a ser acionada e não coincide com o aumento geral do consumo causado pelo uso dos chuveiros pelas pessoas que chegam em casa do trabalho. E, segundo Grudtner, esse alívio da carga no fim do dia não mudou, uma vez que os recordes de consumo registrados nas últimas semanas se deram durante o dia, pelo uso de ar-condicionado em casas e escritórios.
Assim, o Ministério de Minas e Energia manteve sua previsão de que a redução do consumo de energia no horário de pico, durante a vigência do Horário de Verão, ficou em 4,4% no Sudeste e no Centro-Oeste - ou 1.780 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de cinco milhões de habitantes - e em 4,5% no Sul (ou 490 MW, equivalente ao consumo de 1,5 milhão de pessoas).


E aí, gostou da notícia?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Desafio!


Querem procurar os erros ortográficos presentes neste texto? São oito...


Com as novas tecnologias, muita gente exita entre dispender o seu tempo de laser em frente à televisão e navegar na Internet. Na faixa etária dos 20 aos 30 anos, há pessoas que já exibem um comportamento obcessivo face ao computador, que as afasta do contacto inter-pessoal e as torna fisicamente debéis devido à falta de exercício. Haverá, concerteza, excepções. Mas é necessário que dê-mos mais importância ao problema, se não queremos correr o risco de assistir ao envelhecimento precoce da população.
E aí, será que você consegue?

Super Dica!



Houve duas passeatas monstros contra a violência: uma no Rio e outra em São Paulo.


Podem fazer quantas passeatas monstros quiserem.
Ou passeatas monstras. A situação não vai melhorar enquanto as leis brasileiras forem tão favoráveis aos bandidos.
Está ao nosso alcance, no entanto, melhorar o português.
Vamos então fazer passeatas monstro.

A palavra "monstro", usada como adjetivo, não varia. Portanto:

passeatas monstro
comícios monstro
pesquisas monstro
fantasias mostro
Aplique a palavra mostro numa frase e lembre-se:
se ela for usada como adjetivo, não varia!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Nossos dias estão contados!

Escreva uma frase que possa alertar o mundo para a conscientização e preservação do nosso planeta!

Só depende de você salvar o planeta!

DÊ UMA CHANCE À VIDA!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Gari consegue devolver cheques encontrados em rua para dono

Elizabeth dos Santos Oliveira encontrou um envelope com 13 cheques no valor de R$ 21 mil em rua do Bom Retiro, em São Paulo. Após uma semana na busca do dono, a gari conseguiu devolver o dinheiro ao motoboy de uma empresa.

Eih, aqui entre nós: O que você faria nesta situação?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

MAU ou MAL

a) MAU é um adjetivo e se opõe a BOM:
“Ele é um mau profissional.” (x bom profissional);
“Ele está de mau humor.” (x bom humor);
“Ele é um mau-caráter.” (x bom caráter);
“Tem medo do lobo mau.” (x lobo bom);

b) MAL pode ser:
1. advérbio (=opõe-se a BEM):
“Ele está trabalhando mal.” (x trabalhando bem);
“Ele foi mal treinado.” (x bem treinado);
“Ele está sempre mal-humorado.” (x bem-humorado);
“A criança se comportou muito mal.” (x se comportou muito bem);

2. conjunção (=logo que, assim que, quando):
“Mal você chegou, todos se levantaram.” (=Assim que você chegou);
“Mal saiu de casa, foi assaltado.” (=Logo que saiu de casa);

3. substantivo (=doença, defeito, problema):
“Ele está com um mal incurável.” (=doença);
“O seu mal é não ouvir os mais velhos.” (=defeito).

Na dúvida, use o velho “macete”:
MAL x BEM;
MAU x BOM.


Exercício – Complete as frases a seguir com MAL ou MAU:
1. Ele é um ______ profissional.
2. Ele está trabalhando ______.
3. O chefe está de ______ humor.
4. O chefe está sempre ______ -humorado.
5. O empregado foi ______ treinado.
6. ______ chegou ao escritório, teve o desprazer de encontrar a ex-esposa.
7. ______ saiu de casa, foi assaltado.
8. ______ foi contratado, já demonstrou suas qualidades.
9. Houve um terrível ______-estar.
10. Ele é um grande ______-caráter.
11. Comportou-se muito ______ durante a reunião.
12. Sempre foi um ______ aluno.
13. O seu ______ é não ouvir os mais velhos.
14. Você não sabe o ______ que ela me faz.
15. Ela está com um ______ incurável.
16. Sofreu um ______ súbito.
17. Ele ______ adivinha o que pode lhe acontecer.
18. A velhinha ______ saía de casa.
19. Um falava bem; o outro, muito ______.
20. Um era bom; o outro, muito ______.

Será que você consegue acertar?

Estado promete mais verbas para buscas por jovens desaparecidos na Luziânia, no DF

Seis rapazes estão desaparecidos há quase um mês. Será formada uma equipe para investigar cada caso.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A Lavínia dos Santos, do 7º B, pediu um pouco de "ilusão de ótica" e resolvi atender o pedido dela!



O Que É Ilusão De Ótica


Ilusão de ótica são todas as ilusões que "enganam" o sistema visual humano, fazendo-nos ver qualquer coisa que não está presente ou fazendo-nos vê-la de um modo erróneo, ou parecendo estar em movimento. Algumas são de caráter fisiológico, outras de carácter cognitivo.

Alguns Exemplos de Ilusões De Ótica:

E aí, gostou do assunto?

Diz aí o que você gostaria de ver aqui no nosso blog!